Golpes com criptomoedas estão mais frequentes e rápidos, aponta Chainalysis

Embora muitos usuários saibam dos riscos de golpe de alguns projetos, muitos não se importam com isso e investem neles como se o mercado fosse um grande cassino. Formando um verdadeiro ninho de cobras de malanadros que saltam de golpe em golpe, onde a maioria fica no prejuízo.

A Chainalysis, empresa focada no rastreamento de transações de criptomoedas, publicou nesta quinta-feira (16) um relatório sobre golpes envolvendo criptomoedas. Além de estarem mais presentes, sua duração está mais curta.

Outro ponto que chama a atenção é o crescimento de um tipo específico de golpe, chamado de rug pull, no qual os desenvolvedores do projeto somem com todo o dinheiro dos investidores, resultando em perdas de bilhões de dólares.

Por conta disso, é necessário que as pessoas tenham uma melhor educação quando o assunto são criptomoedas, investindo apenas em projetos sólidos e não escutando influenciadores digitais, que não sofrem nenhum tipo de prejuízo financeiro ou social com a divulgação destes golpes.

Mais golpes em menos tempo

Uma das métricas que mais chama a atenção no relatório da Chainalysis é a duração dos golpes com criptomoedas. Segundo a empresa que fornece serviços de segurança para governos e empresas, enquanto a duração média de um golpe em 2013 era de quase 2.500 dias, este número vem caindo ano após ano, chegando à média de apenas 71 dias em 2021.

Média de dias de golpes com criptomoedas. Fonte: Chainalysis

Dentre os principais motivos, podemos citar o crescimento das criptomoedas, tanto em valor quanto em número de investidores, que acaba gerando a ideia de dinheiro fácil, fazendo com que pessoas estejam mais propensas a cair em golpes devido a ganância e senso de urgência.

Por conta disso, outro tipo de golpe ganhou força neste ano de 2021. Chamado de rug pull — puxada de tapete —, este golpe chama atenção não apenas devido a cifra de 2,8 bilhões de dólares (R$ 16 bi), como também no crescimento em relação ao ano anterior.

Total roubado em golpes de rug pull em 2020 e 2021. Fonte: Chainalysis

Apesar de estar relacionado com projeto de DeFi — finanças descentralizadas — como AnubisDAO (R$ 330 milhões), Snowdog DAO (R$ 170 milhões) e Squid Game (68 milhões), o relatório da Chainalysis aponta que o maior golpe ocorreu na Thodex, uma exchange centralizada que sumiu com R$ 15 bilhões.

Maiores golpes de rug pull de 2021. Fonte: Chainalysis

 

É necessário mais educação

Embora muitos usuários saibam dos riscos de golpe de alguns projetos, muitos não se importam com isso e investem neles como se o mercado fosse um grande cassino. Formando um verdadeiro ninho de cobras de malanadros que saltam de golpe em golpe, onde a maioria fica no prejuízo.

Apesar disso, é importante notar que outras tantas pessoas não possuem tanto conhecimento e são influenciadas por youtubers, e outras personalidades, que muitas vezes são pagos para realizar tais propagandas e não sofrem nenhum prejuízo financeiro ou social, como aconteceu no caso do CryptoEats.

Por conta disso, é importante lembrar que os usuários devem investir apenas em projetos que sejam de fácil compreensão, tanto de seus objetivos quanto de seus riscos. Afinal, se alguém soubesse qual moeda terá um lucro de 1.000%, não estaria vendendo ‘o próximo Bitcoin’.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

Últimas notícias

Últimas notícias