Alguns golpistas estão se aproveitando da situação de tragédia na Ucrânia para lucrar com a guerra e pedir criptomoedas e venda de NFTs, uma situação preocupante.
No último sábado (26), a Ucrânia começou a aceitar Bitcoin como doação para lutar contra a invasão russa, sendo o primeiro país a pedir a moeda digital para financiar suas atividades militares.
Embora a situação tenha chamado atenção para um possível golpe, restou claro que o perfil que pediu as doações eram realmente do governo ucraniano. Mesmo assim, vários golpes já surgiram no mercado com essa situação, o que pode dificultar o processo de enviar ajuda humanitária para vítimas da guerra.
Golpistas se aproveitam de guerra na Ucrânia para vender criptomoedas e NFTs falsos
Nos últimos dias, várias empresas de cibersegurança alertaram para novos golpes pela internet, como o de pessoas fingindo serem ucranianas em situação de vulnerabilidade apenas para pedir doações em Bitcoin.
Segundo a Avast, por exemplo, vários perfis de redes sociais foram criados desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, todos pedindo Bitcoin.
“Os especialistas em segurança da Avast detectaram golpistas fingindo ser cidadãos ucranianos afetados pelo conflito atual pedindo Bitcoin nas mídias sociais.”
As redes sociais mais utilizadas pelos golpistas foram o Twitter e Telegram, essa última um aplicativo de mensagens muito popular nos dois países. Há relatos também de abusos no TikTok, mostrando que são ataques espalhados em busca de atingir muitas pessoas.
Já a ESET Research Labs declarou que as pessoas devem tomar cuidado com comprar criptomoedas, tokens e NFTs relacionados a guerra, que podem ser outra forma de captar recursos. Os golpistas criaram até um token chamado UkraineToken, que supostamente estaria sendo adquirido por pessoas que querem ajudar as pessoas da Ucrânia, mas é falso.
“Os cibercriminosos não têm vergonha. Sem nenhuma organização humanitária e apenas propósito genérico mencionado, os golpistas tentam atrair dinheiro de pessoas que tentam ajudar a Ucrânia durante a guerra.”
#ESETresearch #BREAKING Cybercriminals have no shame. With no humanitarian organization and only generic purpose mentioned, scammers try to lure out money from people trying to help #Ukraine during the #war. 🇺🇦
IoC:
help-for-ukraine[.]eu
tokenukraine[.]com pic.twitter.com/0NkuSCB13F— ESET Research (@ESETresearch) February 25, 2022
Nem tudo é golpe
Embora seja lamentável saber que pessoas estão tentando lucrar com a tragédia alheia, é importante notar que nem tudo é golpe com relação à ajuda de criptomoedas na Ucrânia.
Isso porque, a própria corretora Binance, a maior em volume mundial de Bitcoin, declarou que vai destinar US$ 10 milhões para ajuda humanitária na Ucrânia. De acordo com o CEO da corretora, CZ, a preocupação é com as pessoas, deixando claro que sua doação não tem relação com os governos envolvidos no conflito militar.
” Nosso foco é fornecer suporte em campo. Só nos preocupamos com as pessoas.”
#Binance is donating $10M to help the humanitarian crisis in Ukraine & @BinanceBCF launched the crypto-first crowdfunding Ukraine Emergency Relief Fund. 🇺🇦
Our focus is providing on-the-ground support. We just care about the people.
➡️ https://t.co/2vLFFbf5ac pic.twitter.com/vNSo9F3x7i
— CZ 🔶 Binance (@cz_binance) February 27, 2022
Nos últimos dias, John Bollinger, um veterano trader, elogiou a comunidade Bitcoin pela sua colaboração enviada para apoiar as pessoas que tiveram problemas com a guerra.
Então é importante identificar o que é um golpe nas doações e diferenciar das reais ajudas que estão sendo enviadas para aquela população. Assim, alguém disposto a enviar ajuda deve checar informações antes de enviar qualquer valor, tomando tempo para entender se a ajuda é real antes de enviar qualquer valor.