A Hashdex, gestora brasileira de investimentos em criptomoedas, anunciou o lançamento de um novo ETF 100% de Bitcoin na bolsa de valores brasileira, a B3.
O produto já permite que os interessados façam reservas de cotas, devendo ser lançado até o mês de agosto para negociações.
Antes desse produto, a Hashdex já havia lançado, também na B3, o HASH11, que trabalha com uma cesta de criptomoedas. Com a novidade, a bolsa de valores brasileira terá três produtos negociados e ligados ao mercado de criptomoedas, todos lançados em 2021.
Hashdex lança ETF 100% de Bitcoin na B3
O terceiro ETF cripto lançado no Brasil em 2021, também na B3, chega para negociações no próximo mês de agosto. Os interessados no produto já podem se inscrever para comprar as primeiras cotas até o dia 30 de julho, do Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice (BITH11).
De acordo com a Roberta Antunes, Chief of Growth da Hashdex, o ETF de Bitcoin chega para contribuir com uso de energia limpa, o primeiro ETF de cripto que replicará um fundo que busca neutralizar as emissões de carbono da mineração do ativo.
“Entendemos que o bitcoin pode contribuir muito para incentivar o uso de energia limpa ao redor do mundo. Queremos antecipar esse movimento e oferecer ao investidor um produto que estimule o potencial sustentável deste ativo”
O lançamento ocorre em um momento em que o Bitcoin é criticado pela sua suposta poluição ao meio ambiente, dita por Elon Musk, e que contribuiu com a queda nos preços da moeda digital. Roberta destacou que uma empresa alemã irá ajudar a Hashdex no projeto.
“Para nos ajudar, contamos com o apoio da empresa alemã Crypto Carbon Ratings Institute (CCRI), provedora de uma metodologia globalmente reconhecida para cálculo de emissão de carbono em redes blockchain”
Como funcionará o ETF sustentável de BTC?
Conforme um comunicado compartilhado com o Livecoins, a Hashdex informa que a CCRI produzirá relatórios anuais, contendo cálculos e estimativas de consumo de energia e emissão de carbono. Esses estudos serão relativos ao processo de mineração dos Bitcoins adquiridos pela Hashdex Nasdaq Bitcoin ETF, o fundo de índice alvo do BITH11.
Além disso, a empresa alemã terá como objetivo gerar estimativas científicas do consumo de energia do Bitcoin e também as emissões de carbono da rede.
Com todo esse conhecimento adquirido, embasado em cálculos, o ETF reduzirá sua pegada de carbono, investindo em projetos que viabilizam a manutenção do meio ambiente.
São coordenadores da oferta deste ETF a XP, o Itaú BBA e o Banco Genial. A Hashdex espera captar valores similares aos conquistados em março, quando lançou o primeiro ETF cripto brasileiro, o HASH11.
A previsão é de que cada cota entre negociada por R$ 50,00. A taxa de administração será de 1% ao ano.