Preocupada com futuro da economia, idosa de 89 anos quer saber como comprar bitcoins

Não são apenas jovens antenados em tecnologia que veem o bitcoin como reserva de valor. Alguns idosos, preocupados com o futuro da economia em meio à pandemia do coronavírus, também têm demonstrado interesse na criptmoeda.

Uma delas é uma idosa norte-americana de 89 anos, que é tia do investidor de criptomoedas Stephen Cole, de Los Angeles, na Califórnia (EUA). Na quarta-feira (26), ele fez um post no Twitter e contou o caso.

Segundo Cole, sua tia ligou para ele para perguntar como comprar bitcoins porque estaria preocupada com a impressão de dinheiro nos Estados Unidos. O país, assim como o Brasil, anunciou várias medidas econômicas para enfrentar o coronavírus.

 

Interesse de idosos por bitcoins é exceção

Muita gente comentou o post do investidor. Alguns internautas disseram não acreditar na história. Cole, pelo menos até agora, não desmentiu a vontade de sua tia, que, pela idade, foi testemunha de diversas crises financeiras.

Vale lembrar que o interesse dos idosos por criptomoedas, apesar de exceção, já foi visto em outros anos. Em 2017, por exemplo, o The Wall Street Journal contou que uma senhora de 70 anos comprou bitcoins. Ela foi influenciada pelo neto.

Já o Japão, segundo matéria do Bitcoin.com, lançou em 2018 um curso de criptomoedas para idosos e adultos de meia idade. Por lá, os integrantes dessa faixa etária estariam cada vez mais interessados em investir em ativos digitais.

Brasil tem cada vez mais idosos na internet

No Brasil, diferente do Japão, não há nenhum programa sobre criptomoedas direcionado para idosos. Mas por aqui, o interesse da terceira idade por internet cresce todo ano, o que coloca as pessoas dessa faixa etária cada vez mais em contato com novas tecnologias, como o bitcoin.

Segundo a última pesquisa TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica) em 2018, 8,6 milhões de idosos brasileiros usam a internet. Só em 2017, cerca de 2,3 milhões a mais passaram a entrar na rede mundial de computadores – um aumento de 25,9% em relação ao ano anterior.

Só que esse crescimento, apesar de extremamente positivo, também tem um lado negativo. Isso porque muitos idosos, por falta de conhecimento sobre investimentos e internet, acabam caindo em golpes envolvendo criptomoedas.

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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