“Investidores de bitcoin querem lucro, não fugir dos bancos”, diz BIS

O documento afirma que mais de 80% dos investidores perderam dinheiro após investir em Bitcoin ou outras criptomoedas.

A maioria dos investidores perderam dinheiro após comprar bitcoin, de acordo com um novo relatório publicado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), também conhecido como “banco central dos bancos centrais”.

O relatório do BIS afirma que investidores de bitcoin compram a moeda digital buscando lucro, não para fugir dos bancos e governos – motivo pelo qual foi criada – ou para usar o bitcoin como uma reserva de valor.

No documento publicado nessa segunda-feira (14), o BIS analisou as ligações entre o preço do bitcoin, os volumes de negociação e a adoção das criptomoedas. Um dos principais parâmetros foram as estatísticas de downloads de aplicativos para negociação de criptomoedas.

Junto com o relatório, os pesquisadores divulgaram um banco de dados que abrange o uso de aplicativos de negociação de criptomoedas em 95 países de 2015 a 2022.

Preço mais alto, mais procura por Bitcoin

O BIS descobriu que os aumentos no preço do Bitcoin provocam um aumento nos investidores de varejo que baixam aplicativos de criptomoedas.

“No geral, nossos resultados sugerem que o aumento dos preços do Bitcoin é o que impulsiona a adoção das criptomoedas”, disseram. “Em particular, o preço do Bitcoin continua sendo o fator mais importante quando controlamos a incerteza ou volatilidade global, contradizendo as explicações baseadas no Bitcoin como um porto seguro”, – acrescentaram.

Uso aplicativos criptomoedas BIS
Uso aplicativos criptomoedas BIS

Os pesquisadores disseram que quando o preço do bitcoin subiu, houve um aumento significativo no número de downloads de aplicativos para negociação de criptomoedas e “a maioria dos investidores de varejo baixou aplicativos em um momento de preços altos”.

“Em particular, com dados de 2015-22, mostrando que os usuários são mais propensos a fazer uso ativo de aplicativos de criptomoedas em meses após um aumento do preço do Bitcoin.”

Especulação

O BIS concluiu que os padrões de adoção e uso do bitcoin “são consistentes com o motivo especulativo, ou seja, usuários sendo atraídos para o Bitcoin pelo aumento dos preços – em vez de uma antipatia por bancos tradicionais, a busca por uma reserva de valor ou desconfiança nas instituições públicas”.

Além disso, o BIS disse que à medida que os preços subiam e os novos investidores compravam Bitcoin, os maiores detentores (as chamadas ‘baleias’) estavam vendendo – obtendo lucro às custas dos usuários novos.

O BIS afirmou que suas descobertas levantam preocupações de que os investidores de bitcoin não estão totalmente cientes dos riscos envolvidos no setor de criptomoedas.

Seguindo, o documento também revela que à medida que as taxas de juros aumentam e o apetite pelo risco global diminui, “o mercado geral pode secar”.

Indo além, o BIS afirma que investidores buscam o Bitcoin como uma aposta, e não como um meio e troca.

“Nossas descobertas lançam luz sobre a motivação para investidores de varejo entrarem em criptomoedas. Eles apoiam a noção de que, em geral, os investidores veem as criptomoedas como um investimento especulativo (uma “aposta”) ao invés de um meio de pagamento e transações econômicas.”

Por fim, o documento afirma que mais de 80% dos investidores perderam dinheiro após investir em Bitcoin ou outras criptomoedas.

“Nossas estimativas de que 73-81% dos investidores globais provavelmente perderam dinheiro em seu investimento em criptomoedas.”

Apesar de criticar o Bitcoin e as criptomoedas, o BIS disse recentemente que autoridades devem criar moedas digitais ‘o quanto antes’.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Livecoins
Livecoinshttps://livecoins.com.br
Livecoins é o maior portal de notícias sobre Bitcoin e criptomoedas no Brasil.

Últimas notícias

Últimas notícias