A tecnologia Ethereum é uma das mais conhecidas no mercado de criptomoedas, principalmente pelo pioneirismo com os chamados contratos inteligentes. Ao permitir a programação do dinheiro, a rede implementou nos últimos anos várias inovações nas finanças mundiais.
De acordo com a Bloomberg, que conversou com um porta-voz de Israel sobre a shekel digital, a plataforma Ethereum está sendo analisada pela equipe que busca criar a moeda digital nacional.
Em maio o Banco Central de Israel disse que a digitalização da moeda local era uma realidade promissora para a economia. Com transações mais simples e seguras, o impacto no país poderia ser positivo.
Além disso, o BC de Israel já pede até que ideias de aplicativos para funcionar na rede de sua moeda digital. Dessa forma, fica claro que a autoridade local não planeja apenas digitalizar sua moeda, mas também usufruir das vantagens já criadas pelas criptomoedas.
O recente conflito em Israel fez aumentar as doações de Bitcoin ao Hamas, fato que pode ter levado o banco central local a ter mais noção do mercado de criptomoedas.
Banco Central de Israel ainda conduz testes internos de moeda digital nacional
Ainda em fase de testes, a moeda digital nacional de Israel não tem prazo estimado para ser lançado ao público. Todos os experimentos com a tecnologia, inclusive com Ethereum, estão sendo feitos internamente.
Apesar disso, é promissor ver o interesse de bancos centrais no mercado de criptomoedas, visto que a tecnologia nasceu justamente para substituir suas impressões descontroladas de dinheiro.
Vale o destaque que o Banco Central do Brasil também conduz testes com a versão do Real digital. Em princípio, a moeda nacional brasileira terá os primeiros resultados entregues em 2022, com o BC resolvendo se seguiria com o lançamento da inovação.
Contudo, nas últimas semanas um estudo inicial sobre o real digital foi divulgado pelo Bacen, deixando claro que as diretrizes são de criar uma moeda segura, dinheiro programável e possibilidade de se conectar com o PIX.
Mesmo assim, a nova divisa será lançada no longo prazo, em até três anos pelo BC do Brasil. Pioneiro nos estudos sobre o tema, a China é o primeiro país a conduzir testes públicos com sua moeda digital que não trabalha com blockchain.