Um novo negócio suspeito de operar um esquema de pirâmide financeira recebeu atenção da justiça nos últimos dias. Isso porque, a justiça do Distrito Federal mandou bloquear mais de R$ 400 mil do Grupo SAF.
Nos últimos anos as pirâmides financeiras destruíram lares pelo Brasil e causaram prejuízos enormes. Dessa forma, vários casos foram parar na justiça brasileira, além da CVM. A CVM já aplicou mais de R$ 1 bilhão de multas em 2020, sendo a autarquia responsável pela fiscalização de investimentos fraudulentos.
Com muitas pessoas buscando investir no mercado de renda variável, essas promessas de pirâmides atraem vítimas. Com rendimentos “fáceis” e acima do mercado, a situação sai do controle quando os saques são congelados.
Nos últimos anos vários esquemas de pirâmides surgiram, com diferentes nomes de empresas. Negócios grandes que ganharam proporção no Brasil foram a Unick, Indeal e Midas, que lesaram muitas pessoas pelo Brasil. Todos envolviam o nome do Bitcoin nos golpes.
Com atuação em três estados, o Grupo SAF é a nova empresa suspeita de operar um golpe com uso de criptomoedas. Oferecendo rendimentos acima do mercado para seus investidores, o negócio se apresenta como uma “holding”.
Alguns dos serviços seriam de assistência familiar, mas o negócio então garantiria supostos rendimentos diários. Dessa forma, a empresa captou clientes nos últimos meses nos estados do Rio Grande do Sul, Sergipe e Distrito Federal.
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, em abril de 2020, o Grupo SAF congelou os saques dos clientes. Ao justificar os problemas, a pandemia foi apontada como a causa do congelamento. Além disso, o episódio foi chamado de “reorganização administrativa”.
Mesmo assim, um processo que chegou no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), pediu o bloqueio dos bens da empresa. De acordo com o Jornal de Brasília, foi dado parecer favorável ao bloqueio de R$ 421 mil do Grupo SAF e seus sócios.
O advogado que cuidou do processo apontou para a reportagem que o negócio captou clientes em vários estados. Desde abril, entretanto, passou a atrasar saques e não liberou um calendário para normalizar a situação, conforme prometido aos clientes.
Dessa forma, há um grande risco da empresa dilapidar o patrimônio para evitar pagar o que deve aos clientes. O processo deu ganho de causa e bloqueia na justiça mais de R$ 420 mil.
Se apresentando como uma holding, o Grupo SAF oferecia rendimentos acima do mercado tradicional. A promessa teria atraído centenas de pessoas de vários estados do Brasil, que acreditaram no grupo.
O caso é apenas mais um que deixa investidores em risco de não reaver os aportes, após altas promessas de rendimentos com criptomoedas. Como o mercado é novo, principalmente com o Bitcoin sendo lançado em 2009, muitos apresentam esquemas fraudulentos com a criptomoeda.
Em épocas de juros baixos no Brasil, consequentemente abalando a renda fixa, a renda variável ganhou destaque no país. Mas caso receba alguma promessa de rendimento fixo e diário, por qualquer empresa, desconfie.
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