A Libra, moeda digital do Facebook continua avançando nos seus planos de lançamento, com um pedido de registro da marca sendo feita essa semana no Brasil. Através do processo de N° 501553828 registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) a Libra Association solicitou registro da marca Libra, iniciando prazo de apresentação de oposição a partir dessa terça-feira, 10. O prazo de oposição é um período de 60 dias em que outras marcas podem opor ao deferimento da marca por violar direitos autorais, entre outras coisas.
A marca, que tem como titular a Libra Association deu detalhes do projeto e da logomarca composta por três ondas. A logo que vai estampar o projeto já faz parte da identidade visual da Libra e da carteira Novi (anteriormente chamada de Calibra).
Na descrição dos serviços que serão oferecidos pela marca no Brasil é possível encontrar muitas referências ao uso da blockchain e das criptomoedas para a compra e transação de ativos digitais.
Apesar de serem termos genéricos usados para descrever as atividades ligadas a softwares e ao setor financeiro, é interessante destacar que a referência dessas tecnologias aproxima a ideia da Libra com a de uma criptomoeda alternativa.
Nas descrições de atividades também é mencionado que a Libra atuará no setor de comércio digital, marketing, propaganda e outros que se assemelham com o que o Facebook já realiza.
Afinal, como anda a Libra do Facebook?
A Libra já mudou consideravelmente desde que foi inicialmente anunciada. Passando de um projeto de uma moeda digital do Facebook com lastro próprio até uma versão bem mais “mansa” feita para agradar as autoridades reguladoras.
A Libra acabou atraindo uma grande quantidade de atenção regulatória depois que ela foi anunciada. A pressão por parte dos reguladores acabou se tornando tão grande que muitos parceiros abandonaram a ideia e a moeda acabou tendo que mudar o seu funcionamento para agradar mais aos governos.
Atualmente a Libra pretende trabalhar com um funcionamento bem diferente do que foi inicialmente proposto. A moeda não terá mais lastro único e vai contar com uma “cestas” de ativo na sua tesouraria, diminuindo os riscos de afetar a soberania do dólar ou outras moedas fiduciárias.