Um pesquisa anual realizada pela Grayscale, maior gestora de criptomoedas do mundo, chega à sua terceira edição e aponta as mudanças de comportamento entre investidores que em sua maioria são recém-chegados.
Contando com 1.000 americanos entrevistados no mês de agosto, a pesquisa abordou temas como a percepção dos investidores sobre o que é o Bitcoin, gênero e idade dos mesmos, bem como se eles investem em outras criptomoedas além do BTC.
Além disso, também é possível ver que boa parte dos investidores (42%) deseja saber mais sobre Bitcoin. Este número vem caindo em relação aos últimos anos, provavelmente por conta da maior familiaridade com o assunto.
Adoção crescente
Dos mil entrevistados, 550 deles afirmaram que começaram a investir em Bitcoin neste ano de 2021. Este é um ótimo indicador de como este ano foi fundamental para a maior criptomoeda do mundo graças a avanços do próprio Bitcoin como da indústria ao seu redor.
O ano de 2021 foi marcado pela adoção do Bitcoin como moeda oficial de El Salvador, há 90 dias, bem como pela aprovação do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA. Além disso, também vimos a aprovação do Taproot em novembro, a maior atualização desde o SegWit em 2017.
A proibição do Bitcoin na China também fez com que boa parte dos mineradores migrasse para os EUA, o que pode ter ajudado a atrair novos investidores já que as ações de mineradoras tiveram grandes lucros na bolsa.
Por fim, o Bitcoin também teve grande influência de empresas como MicroStrategy, Tesla e Square que possuem bitcoin em seu caixa. Além delas, muitos investidores buscaram o BTC para fugir da inflação que está batendo recordes não apenas nos EUA como em vários outros países.
Bitcoin como investimento de longo prazo
A pesquisa da Grayscale também mostra a percepção das pessoas sobre o que é o Bitcoin. A maioria delas, 55%, enxerga o BTC como um investimento de longo prazo, enquanto 20% enxergam o BTC como moeda para pagar por produtos e serviços.
Além disso, o número de pessoas entre 55 e 64 anos que consideram investir em BTC aumentou 16% em relação ao ano passado. Outro aumento em relação a 2020 foi no número de mulheres que pensam em comprar BTC, saindo de 47 para 53%.
Por fim, a pesquisa também aponta que o Bitcoin é a criptomoeda mais conhecida, por 99% do público, seguido pela Dogecoin (DOGE) com 74% e Ethereum (ETH) com apenas 56%. Este número cai para cerca de 25% com outras como Litecoin (LTC), Tether (USDT) e Cardano (ADA).