Mais uma corretora global de criptomoedas anunciou travamento de saques para seus clientes. O que chama atenção no novo caso é que a operação tinha autorização para funcionar no Japão.
O anúncio foi feito aos clientes da plataforma nesta terça-feira (15), sendo mais uma plataforma afetada pelo colapso da FTX.
Ainda não está claro quantas empresas poderão entrar no “buraco negro” criado pela FTX. Com seu pedido falência, é possível que mais de 200 empresas de criptomoedas também deixem de funcionar.
Corretora global de criptomoeda com sede no Japão pausa saques para clientes
A FTX acabou e os clientes estão cada vez mais se conformando com a situação caótica. Criada por Sam Bankman-Fried, a corretora foi uma das maiores em volume global nos últimos meses.
Com seu rápido crescimento, muitas empresas receberam aportes da FTX. Mas sua insolvência atual se estende a outras plataformas, ovelhas perdidas sem seu pastor.
A nova a declarar falência é a Liquid Global, uma plataforma que anunciou por meio de seu Twitter nesta terça que os saques estão pausados.
“Devido ao arquivamento do Capítulo 11 pela FTX Trading International, o beneficiário final da Quoine Pte. Ltd, Liquid Exchage (Quoine Pte.) está interrompendo todos os saques – em moeda fiduciária e criptomoedas. Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis.”
Due to the Chapter 11 filing by FTX Trading International the ultimate beneficial owner of Quoine Pte. Ltd, Liquid Exchage (Quoine Pte.) is halting all withdrawals – both fiat and crypto currency.
More information will be provided as it becomes available
— Liquid Global Official (@Liquid_Global) November 15, 2022
Em nota, a plataforma alertou aos clientes que não suspendeu suas operações por conta de ataques hackers. Ou seja, o seu fim está ligado ao colapso da FTX, sua principal investidora.
Corretora deu sinais de problema no último sábado
No último sábado (12), a Liquid Global suspendeu os saques para clientes por algumas horas. Naquele dia, a FTX foi supostamente hackeada e o caso afetou plataformas parceiras.
Após uma investigação, a Liquid retornou os saques e declarou que não havia perdido fundos.
No entanto, fica claro que a situação voltou a piorar nesta terça, quando clientes tiveram os saques travados, sem um prazo definido para serem liberados novamente.
Após o anúncio da Liquid, a corretora se tornou alvo de piadas de clientes, que dizem que seu nome agora é “Iliquid“, ou ilíquida.
Os constantes travamentos de saques por plataformas nos últimos meses criaram pânico entre investidores do mercado. Isso porque, sem suporte e com demissões em massa, plataformas somem com as moedas dos clientes, que ficam sem respostas.
Por fim, desconfianças com plataformas levam clientes a sacarem suas criptomoedas das corretoras para carteiras seguras, sob a custódia dos próprios investidores.