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Maverick: Malware distribuído pelo WhatsApp mira contas de bancos e corretoras de criptomoedas de brasileiros

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A Kaspersky fez um alerta sobre um novo malware que está sendo distribuído pelo WhatsApp. Chamado Maverick, a ameaça tem foco em alvos brasileiros e mira contas bancárias e de corretoras de criptomoedas.

O relatório inicial revela que mais de 62 mil tentativas de infecção foram bloqueadas pela solução da empresa.

Embora não exista um número exato de vítimas, os dados mostram que a ameaça é extremamente perigosa.

Malware Maverick foca em brasileiros, visando roubo de criptomoedas e saldos bancários

O Maverick seria uma evolução de outro malware chamado Coyote, visto em 2024, mas com um potencial destrutivo ainda maior.

Segundo a Kaspersky, o trojan monitora os acessos da vítima para 26 bancos brasileiros, bem como 6 corretoras de criptomoedas e 1 plataforma de pagamento. No entanto, os nomes em específico não foram revelados pela empresa.

“A infecção começa quando a vítima recebe um arquivo .LNK malicioso dentro de um arquivo ZIP por meio de uma mensagem do WhatsApp. O nome do arquivo pode ser genérico ou pode se passar por um arquivo de um banco:”

Malware Maverick é distribuído pelo WhatsApp e tem foco em brasileiros. Fonte: Kaspersky.

Após isso, a ameaça interage com um site chamado ‘sorvetenopote’ onde o trojan completo é armazenado e então importado para o computador da vítima.

Tática usada pelos hackers para fazer download do malware Maverick. Fonte: Kaspersky.

Para escolher suas vítimas, o malware faz uma análise se o computador está no fuso horário do Brasil (UTC-5 a UTC-2), bem como verifica se o idioma ou localidade está definido para português ou qualquer string que contenha “português” ou “brazil”, dentre outros métodos.

“Nossas soluções bloquearam 62 mil tentativas de infecção usando o arquivo LNK malicioso nos primeiros 10 dias de outubro, somente no Brasil.”

O monitoramento dos sites acessados acontece se a vítima estiver usando um destes navegadores:

  • Chrome;
  • Firefox;
  • Microsoft Edge;
  • Brave;
  • Internet Explorer;
  • Navegador web específico do banco.

O malware Maverick inclui diversas funcionalidades, incluindo:

  • Registrar tudo o que você digita (inclusive senhas);
  • Criar janelas falsas do seu banco pedindo login;
  • Controlar seu teclado e mouse remotamente;
  • Fazer capturas da sua tela;
  • Realizar operações financeiras sem que você veja.

Embora os alvos sejam brasileiros, a Kaspersky destaca que a ameaça tem o potencial de se espalhar para outros países. “É evidente que essa ameaça é muito sofisticada e complexa”, disse a empresa de segurança.

Como se proteger do malware Maverick?

Como destacado pela própria Kaspersky, suas soluções já bloquearam mais de 62 mil tentativas de ataque. Portanto, o uso de um bom anti-vírus é o primeiro passo.

Outra sugestão sempre pertinente é o bom senso. Ou seja, evitar baixar arquivos suspeitos, especialmente se enviados por contatos desconhecidos.

Dado que o malware Maverick visa roubar as criptomoedas das vítimas, uma alternativa mais completa para investidores seria um treinamento de segurança especializado.

Uma recomendação é o Treinamento Autocustódia com Renato Trezoitão, voltado tanto para investidores iniciantes quanto veteranos. Isso porque além de ser um apoio contra esse trojan, também pode ajudar na proteção contra outras ameaças.

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Henrique HK

Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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Henrique HK