Após os recentes casos de violência envolvendo o mercado de criptomoedas em Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro, uma investigação será feita para entender melhor o que está acontecendo, a polícia civil vai apurar até se não há uma rixa entre empresas da região.
Recentemente um jovem trader de Bitcoin, conhecido como “Rei do Pullback”, foi assassinado com pelo menos quatro tiros, escândalo que ganhou repercussão nacional pela extrema violência em uma região considerada pacífica.
Dirigindo um Porsche vermelho o trader estava chegando em um estabelecimento para cortar o cabelo no momento em que foi atacado. Nas redes sociais, era comum ele apresentar estratégias de negociações de criptomoedas.
Nos últimos meses, outro empresário da região dos Lagos havia sofrido uma tentativa de assassinato quando saia de casa. Além disso, investidores protestaram armados contra uma empresa que teria suspendido os saques dos clientes.
Mercado de criptomoedas em Cabo Frio será alvo de investigações
Vítimas de golpes no mercado financeiro com uso da imagem das criptomoedas na Região dos Lagos, principalmente em Cabo Frio, podem agora recorrer ao Ministério Público e Polícia Civil para colaborar com investigações na região assolada pela violência.
Na última sexta-feira (6), o sócio do jovem assassinado foi até uma delegacia depor sobre o crime brutal da última quarta. Em seu depoimento, conforme apurado pelo Extra, nenhuma informação relevante sobre o caso pode ser extraída pelos investigadores.
Mesmo assim, eles esperam contar com a ajuda do jovem que ainda está hospitalizado, mas foi testemunha ocular do crime.
Com a escalada da violência, a polícia civil apura até se não havia uma disputa por investidores de criptomoedas entre empresas da região, que pode justificar o caso dos últimos dias.
De fato, algumas dessas empresas são suspeitas de operar esquemas de pirâmide financeira. Não está descartado que a morte do jovem seja uma queima de arquivo.
Desse modo, a polícia montou uma força-tarefa para apurar todos os crimes da região dos últimos meses, que deverá avaliar o funcionamento do mercado de criptomoedas na região dos Lagos.
Quatro delegacias participarão das investigações sobre transações de criptomoedas da região
Como a região dos Lagos tem nove municípios, foram designados que o grupo de trabalho tenha o reforço de quatro delegacias, que irão apurar todas as transações do mercado de criptomoedas principalmente de Cabo Frio.
Nos últimos meses, além da morte confirmada, foram três tentativas de assassinato na região envolvendo este mercado, que tem sido associado a uma espécie de “ciranda financeira”.
O Porsche onde o jovem foi assassinado ainda está detido pela polícia. O GLOBO já apurou que o veículo está no nome da empresa Ares Trading Ares Consultoria e Investimentos LTDA, da qual o trader era sócio.