Moody’s está criando sistema para classificar stablecoins

Emissores de stablecoins buscam lucrar com o lastro de suas moedas. Portanto, estes possuem grande interesse em atrair mais investidores e, por consequência, lucros.

A Moody’s, famosa agência de avaliação de risco de crédito, está trabalhando em um sistema para classificar as maiores stablecoins do mercado. Segundo a Bloomberg, primeira a revelar o projeto, até 20 criptomoedas serão analisadas.

Dentre as sete maiores criptomoedas, três delas são stablecoins. Em termos de volume, elas mostram ainda mais potencial, com três entre as cinco maiores nesta métrica. O volume de negociação de Tether (USDT), por exemplo, é frequentemente maior que de Bitcoin.

Dados do Mercado Cripto mostram que, nas últimas 24 horas, brasileiros negociaram R$ 65 milhões em BTC, R$ 51 milhões em USDT e outros R$ 17 milhões em BUSD, deixando nomes como Ethereum para trás.

O motivo pode ser a facilidade de dolarizar o patrimônio. No entanto, a quebradeira no setor de criptomoedas e a falta de transparência de alguns projetos pode causar medo no investidor.

Sendo assim, o novo sistema da Moody’s pode ajudar o investidor na hora de escolher a melhor stablecoin. No entanto, uma fonte da Bloomberg comentou que o projeto “não representará uma classificação de crédito oficial.” Já a Moody’s não comentou sobre o assunto.

Diferenças entre stablecoins

Em suma, emissores de stablecoins prometem que seus clientes podem resgatar seus tokens em 1:1 no ativo em que são baseados. Embora a maioria dos projetos trabalhe com dólar, também é possível encontrar outros lastreados em outras moedas fiduciárias, como euro, mas estas não possuem tanta força.

Em relação às reservas, este é um dos maiores diferenciais entre os projetos. Até pouco tempo, a Tether, maior do setor, mantinha boa parte deste dinheiro em papéis comerciais, o que levantava dúvidas sobre sua solvência.

No entanto, com os títulos do Tesouro americano pagando bem e, sobretudo, com um risco baixo, isso está fazendo com que stablecoins optem pelo mesmo. Ou seja, tais projetos botam a grana para girar, o que pode apresentar um risco.

Portanto, caso a Moody’s consiga analisar as maiores stablecoins do mercado, isso pode ser ótimo para o setor. Além disso, dependendo dos resultados, isso também pode resultar em grandes mudanças nesta briga.

A batalha das stablecoins

Como dito acima, emissores de stablecoins buscam lucrar com o lastro de suas moedas. Portanto, estes possuem grande interesse em atrair mais investidores e, por consequência, lucros.

No ano passado, após a quebra da stablecoin algorítmica da LUNA, a UST, rumores assombraram a Tether. Em relação a maio de 2022, o projeto perdeu mais de US$ 16 bilhões em valor de mercado. Enquanto isso, sua maior rival, a USDC, chegou a crescer US$ 8 bilhões na data, mas também teve uma grande redução nos meses seguintes.

Em relação ao volume de negociações internacionais, a Tether ainda domina, possuindo mais que o triplo da Binance USD (BUSD), segunda colocada, sendo outra forte métrica.

Sendo assim, a chegada da Moody’s pode colocar ainda mais pressão sobre estes projetos, o que pode beneficiar investidores. Afinal, todos vão querer uma boa nota para atrair mais capital.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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