Começou a temporada de crítica ao Bitcoin, com o mais recente sendo indiretamente de ninguém menos que o Papa Francisco. A autoridade máxima da religião que tem cerca de 1 bilhão de adeptos espalhados pelo mundo disse na noite desta sexta-feira (21) que “uma tecnologia baseada no uso de combustíveis fósseis precisa ser substituída sem demora.”
O chefe do vaticano que é considerado uma das pessoas mais influentes do mundo não citou o Bitcoin diretamente, mas a comunidade entendeu o recado como uma indireta, com vários analistas do mercado de criptomoedas respondendo ao tuíte do Papa dizendo que a narrativa de que o Bitcoin é prejudicial ao meio ambiente é falsa e imprecisa.
“A tecnologia baseada no uso de combustíveis fósseis altamente poluentes precisa ser substituída sem demora. Há motivos para esperar que a humanidade do alvorecer do século 21 seja lembrada por ter assumido generosamente suas graves responsabilidades.” – disse o Papa.
A crítica do Papa Francisco é direcionada aos veículos que usam combustíveis fósseis, e ele está preparado para ganhar um “papamóvel elétrico” que permitirá que as pessoas vejam o líder da Igreja Católica passear de uma forma ecologicamente correta.
Criado pela startup de fabricação de carros elétricos Fisker, o novo Papemóvel virá na forma de um SUV que apresenta uma cúpula toda de vidro para permitir aos espectadores a melhor visão do papa
Há um crescente movimento católico fazendo lobby para que universidades, congregações e outras entidades religiosas eliminem os investimentos em combustíveis fósseis.
Ao mesmo tempo, alguns ativistas católicos argumentam que o melhor caminho é reter pequenos interesses para poder influenciar as empresas, e há acordo entre as abordagens sobre como direcionar as finanças para empresas que trabalham em soluções climáticas.
Embora o Papa Francisco não tenha citado o Bitcoin em seu tuíte, alguns acreditam que é só uma questão de tempo até que o líder religioso volte sua atenção para a criptomoeda que é constantemente criticada por seu consumo de energia.
Em resposta, a comunidade do Bitcoin disse que a criptomoeda incentiva o uso de energia verde.
O Bitcoin precisa de energia para ser minerado, para garantir que eles não sejam criados do nada. Assim como o Vaticano usa energia. Tanto no caso do Vaticano quanto no Bitcoin, a energia usada pode ser de combustíveis fósseis ou energia renovável.
Assim, o Vaticano e o Bitcoin são neutros para o clima, sendo o verdadeiro culpado o gerador de energia que é responsável por usar energia de combustível fóssil ou energia limpa.
O argumento, portanto, tem pouco mérito, mas o Papa aparentemente se juntou a narrativa de Elon Musk, de algumas autoridades mundiais e de outros criticos que provavelmente não tiveram tempo suficiente para entender melhor como a criptomoeda funciona.
A narrativa apela para os ambientalistas que igualam a energia ao mal, os simplórios que não têm muito tempo para se envolver em nuances sutis sobre a necessidade de atualizar a produção de energia para renováveis.
Ao que parece, o Bitcoin vai continuar enfrentando criticas das mais variadas autoridades mundiais.
Comentários