A Polícia Federal do Brasil quer ouvir as vítimas de uma pirâmide financeira de criptomoedas com sede na Paraíba, a Fiji Solutions. Alvo da Operação Ilha da Fantasia na última quinta-feira (16), a empresa pode ter deixado um rastro de R$ 600 milhões de prejuízo.
Sob o comando do líder Bueno Aires, preso um dia antes pela polícia civil do Rio de Janeiro, a empresa ofertava produtos no mercado de criptomoedas. Um de seus escritórios ficava no município de Campina Grande (PB).
Durante sua atuação, ao lado da “vizinha” Braiscompany, a empresa prometeu rendimentos fixos no mercado. As falsas promessas estão entre os fatos apurados pela PF, que investiga mais um crime na cidade.
A PF na Paraíba divulgou um formulário, criado via Google Docs, para ouvir os clientes lesados pela Fiji Solutions.
Suspeita de operar mais um crime de pirâmide contra famílias brasileiras, a empresa teve seus principais líderes presos pela Operação Ilha da Fantasia. O nome da operação remete a Ilha Fiji, que dava o nome da empresa, associada ao fato da fantasia criada pelos líderes da fraude.
Nos últimos meses, a Fiji parou de honrar com os pagamentos a clientes, alegando que a corretora Kucoin havia travado suas contas. Contudo, a empresa nunca forneceu provas concretas sobre os travamentos e ainda evitava responder os clientes com um suporte adequado.
O Procon do Ministério Público da Paraíba também apura as denúncias contra a Fiji e tentou entrar em acordo com a empresa antes da operação da PF.
Na última quinta-feira (15), a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou uma nota sobre a captura do empresário que liderava o esquema da Fiji Solutions, Buenos Aires.
De acordo com as informações, policiais da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter) e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE), prenderam o homem pelos crimes de fotografar cena pornográfica e armazenar fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente, estupro de vulnerável e crime contra o sistema financeiro nacional.
O autor foi capturado no Bairro Leblon, Zona Sul do Rio, após intenso trabalho de monitoramento e troca de informações de inteligência com a Polícia Civil da Paraíba. Após sua prisão, o suspeito será transferido para a Paraíba, onde responderá pelos crimes cometidos.
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