Roubo de energia teve pena aumentada em nova lei, diz companhia Enel (Foto/Reprodução)
A Polícia Militar do Rio de Janeiro descobriu uma mineração de criptomoedas clandestina em Campos dos Goytacazes, no dia 3 de agosto de 2025. Na ação, um servidor público municipal acabou preso por envolvimento com o possível roubo de energia da companhia Enel.
De acordo com informações publicadas pelo G1 local, a ação ocorreu no bairro bairro Santa Rosa, no subdistrito de Guarus, quando denúncias anônimas apontaram a existência de um homem armado na região.
Ao se encaminhar ao local, a PM encontrou um imóvel aparentemente abandonado que chamou a atenção. Isso porque, o portão estava um pouco aberto e de dentro do local estava saindo um barulho incomum.
Ao entrar no imóvel, os agentes da polícia encontraram uma ligação elétrica clandestina, o famoso “gato” de energia. O barulho antes ouvido pelos PMs era de um exaustor de ar que estava ajudando uma fazenda de mineração de criptomoedas clandestina.
A ligação elétrica estava diretamente ligada ao poste de energia, e abastecia uma série de equipamentos de mineração de criptomoedas, segundo fontes.
Com a operação realizada após denúncias, as buscas pelo imóvel levaram as autoridades a descobrir que um servidor público municipal, com o cargo de Guarda Civil, é o responsável pelo aluguel do imóvel. Assim, ele acabou preso pelas autoridades.
Os materiais de mineração de criptomoedas que estavam no local acabaram presos, entre outros itens.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes disse que instaurou uma investigação administrativa sobre o caso, e apura os desdobramentos. Caso ele seja condenado, pode perder seu cargo no serviço público.
Além disso, a corregedoria da Guarda Civil Municipal já apura a denúncia contra o servidor, que não teve o nome revelado.
No dia 31 de julho a Enel divulgou uma operação contra o roubo de energia em São Gonçalo, também no Rio de Janeiro. Na ocasião, um depósito de reciclagem entrou na mira das autoridades após investigação de roubo de energia.
Além disso, a companhia de energia que opera no estado fluminense lembrou que uma nova lei aumenta a pena em crimes de roubo.
“Furtar energia é crime com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Com a nova lei sancionada nesta semana, se o crime envolver cabos de energia, telefonia, dados ou transporte ferroviário e metroviário, a pena pode subir para até oito anos“, disse a Enel.
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