A polícia civil de São Paulo prendeu um estelionatário que pedia criptomoedas como pagamento por supostos dados roubados para o Banco Pan. Essa instituição financeira com sede no Estado de São Paulo informou que está colaborando com as autoridades sobre o caso.
Esse então é mais uma operação da Polícia Civil em menos de uma semana, visto que foi deflagrada a operação ‘Criptowhite’ contra um esquema de R$ 657 milhões na última terça-feira (19).
Contudo, o novo esquema investigado pela PCSP levou agentes ao Estado de Minas Gerais para cumprir mandados. O caso ainda é apurado pela autoridade.
Agentes de polícia do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foram as ruas na última segunda, cumprindo seis mandados de busca e apreensão contra um grupo de invasores de sites. Segundo a autoridade policial, eles são denominados “Swevens”.
A principal ação ocorreu na cidade de São João Del Rey, em Minas Gerais (MG). No local, um homem estelionatário foi preso pelas autoridades por suspeitas de envolvimento chantagens contra o Banco Pan, que exigiam criptomoedas.
“O grupo tentava chantagear uma instituição financeira alegando ter obtido dados de clientes. Equipes da Polícia Civil mineira apoiaram as ações.”
O caso é apurado há 14 dias segundo a autoridade policial, pela divisão de crimes cibernéticos da PCSP. E tudo começou quando representantes do Banco Pan passaram a ser extorquidos pelos supostos invasores do sistema, que prometiam divulgar vulnerabilidades do sistema e dados de clientes.
Para evitar essa divulgação, o estelionatário exigia uma quantia milionária em criptomoedas. Com a investigação, a PCSP identificou o suspeito na cidade mineira e prosseguiu com as diligências para efetuar buscas.
Em nota, a polícia civil divulgou que a ação capturou com o suspeito vários dispositivos eletrônicos, que já estão sob análise para busca de evidências e provas digitais do crime. Assim, novas prisões e operações
“A Justiça deferiu os mandados de busca e apreensão e os policiais recolheram dispositivos eletrônicos. O material passa por análise para caracterizar as evidências e provas digitais. Segue investigação para identificação de outros envolvidos.”
O Banco Pan tem feito uma campanha em suas redes sociais para alertar seus clientes sobre falsos atendimentos de suporte, indicando que o problema não é tão novo para a instituição. Essa instituição tem chamado atenção, com publicidades sendo feitas com famosos como Luciano Huck e Jojo Todynho.
Em nota pública, o banco comentou que os sistemas invadidos são em plataforma de terceiro de tecnologia, responsável apenas pelo atendimento a clientes de cartões. Mesmo assim, as investigações estão sendo acompanhadas pelo banco, que ajuda a polícia a solucionar o caso.
Com ações listadas na Bolsa de Valores, o Banco Pan (BPAN4) é controlado em 69,8% pelo BTG Pactual, que comprou este do Grupo Sílvio Santos em 2011, sendo 30,2% disponíveis para negociação na B3.
O Livecoins procurou o Banco Pan para entender melhor o caso, que respondeu enviou uma nota sobre a operação.
“O Banco PAN está acompanhando, junto às autoridades competentes, a investigação sobre a recente fragilidade detectada na plataforma de um fornecedor de tecnologia, utilizada na Central de Atendimento a clientes do segmento de cartões.
O PAN reforça que não houve comprometimento de conta corrente, indisponibilidade de sistema, ou invasão à infraestrutura do Banco. No entanto, a exploração da vulnerabilidade permitiu a cópia não autorizada de dados cadastrais, de limite disponível de cartão e saldo devedor de fatura, sem que tenham sido expostos números completos de cartão, senhas ou qualquer dado que incorra em risco financeiro direto para o cliente e para o Banco.
A segurança das informações é prioridade do banco neste momento e estamos à disposição para qualquer esclarecimento em nossos canais de atendimento ou na plataforma “requisição de privacidade”, localizada no menu inferior do site oficial do PAN: www.bancopan.com.br.”
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