
Políciais revistaram computadores e até mesmo papeis em busca de novas provas contra os sequestradores. Fonte: Polícia Nacional da Espanha/Reprodução.
A Polícia da Espanha revelou nesta quarta-feira (10) a prisão de 5 suspeitos de sequestrar e assassinar um investidor de criptomoedas. Além disso, outras quatro foram indiciadas na Dinamarca, duas delas com passagens por crimes semelhantes.
Dados compilados pelo desenvolvedor Jameson Lopp apontam que este é o 6º caso do tipo na Espanha, sendo dois registros em 2021, dois em 2023 e outros dois neste ano.
Imagens compartilhadas pelas autoridades mostram o momento que a polícia invade as residências para realizar as prisões e fazer buscas por novas evidências.
Segundo as informações oficiais, o sequestro aconteceu ainda em abril, mas a prisão dos suspeitos só foi revelada nesta quarta-feira (10).
Na data do crime, um grupo de três ou quatro pessoas usando luvas, balaclavas e armas de fogo assaltou um casal na cidade de Mijas, na província de Málaga, ao sul da Espanha.
Embora o homem tenha tentado fugir, os criminosos efetuaram um disparo que atingiu sua perna. Na sequência, as vítimas foram colocadas dentro de um veículo.
“[Eles] os levaram para o interior de uma casa, onde permaneceram retidos por várias horas enquanto os sequestradores tentavam acessar as carteiras do casal para subtrair os criptoativos.”
Embora a mulher tenha sido liberada por volta da meia-noite do mesmo dia, o homem permaneceu sob domínio de seus sequestradores. Vinte dias depois, seu corpo foi encontrado sem vida, com sinais de violência, em uma área de mata na região.
As investigações da polícia espanhola começaram assim que a vítima sobrevivente apresentou uma denúncia em uma delegacia local.
Cerca de oito meses depois, a Polícia Nacional da Espanha revelou a prisão de cinco suspeitos através da Operação Lambo. Além disso, seis imóveis foram revistados e outras quatro pessoas foram indiciadas na Dinamarca, duas delas já com passagens por crimes semelhantes.
“Nas buscas, foram encontradas duas armas curtas de fogo, uma real e outra simulada, um cassetete extensível, uma balaclava, uma calça com vestígios de sangue, além de indícios biológicos compatíveis com o sangue encontrado na casa onde as vítimas permaneceram retidas. Também foram apreendidos diversos documentos de interesse para o caso, além de múltiplos dispositivos eletrônicos e celulares.”
Embora o nome das vítimas não tenha sido divulgado, a mídia local aponta que o homem era um holandês que vivia uma vida de luxo na Espanha, incluindo mansões para aluguel e passeios em uma Lamborghini Urus, veículo que deu nome à operação.
Segundo o El País, os criminosos realizaram duas transferências das criptomoedas roubadas para suas próprias contas bancárias, uma de € 42.500 (R$ 270 mil) e a outra de € 36.100 (R$ 230 mil), servindo como uma das principais provas.
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