A Polícia Federal lançou uma nova fase da Operação Lamanai, que em outubro desarticulou a Unick Forex, pirâmide financeira gaúcha responsável por movimentar R$ 28 milhões. A informação foi publicada pelo jornal NH.
O foco dessa etapa seria a atuação dos líderes do esquema criminoso. A PF não confirmou a informação veiculada no jornal gaúcho.
De acordo com a publicação, só no Rio Grande do Sul cerca de 1.200 líderes da Unick devem ser investigados. Somente no Vale dos Sinos – região que compreende 14 municípios localizados na Grande Porto Alegre – há pelo menos um líder em cada cidade.
Todos esses representantes do esquema, de acordo com o jornal, podem ser indiciados e ir para o banco dos réus, assim como ocorreu com o presidente do negócio fraudulento, Leidimar Lopes, e outros 12 membros. Lopes está preso na Penitenciária Estadual de Canoas.
Líderes da Unick não são vítimas, diz jornal
Ainda segundo a publicação, que afirma ter ouvido um dos investigadores responsáveis pelo caso, esses líderes deixaram de ser vistos como vítimas da pirâmide e passaram a ser encarados também como responsáveis.
A reportagem procurou Marcos Prata para comentar a nova fase da operação, mas o líder da Unick em Manaus, que no mês passado afirmou ao Livecoins ser vítima do esquema, não respondeu.
“Pirâmide dentro de pirâmide”
O jornal também afirma que a Unick teria sido vítima de golpes aplicados pelos próprios líderes, que arrecadavam dinheiro por conta própria, mas, em vez de aplicar os recursos na “empresa”, depositavam a grana em suas contas particulares.
Situação semelhante ocorreu na Wolf Trade Club, pirâmide financeira que deu prejuízo de R$ 30 milhões em Curitiba.
O jornal também relata que diversos pastores religiosos seriam líderes da Unick no Rio Grande do Sul e cita o caso do padeiro João Batista Silva, 44, morto no mês passado em Curitiba. Silva era líder da Unick e da A2 Trader e tinha um canal sobre criptomoedas no YouTube.
Em valores, caso só perde para a Lava Jato, diz jornal
De acordo com a matéria, se todos os líderes forem denunciados o caso deve ser o maior da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Em valores, segundo o texto, só perderia para a Lava Jato.