Hong Kong está próximo de ver o funcionamento da primeira bolsa de valores de criptomoedas. Isso porque, uma empresa obteve um aval inicial para iniciar suas atividades. A abertura dessa possibilidade se torna um marco importante, em meio a pressão por regulamentação.
Desde que o Bitcoin surgiu em 2009, vários países buscam criar padrões para a moeda digital. A tarefa tem sido mais árdua do que o inicialmente imaginado, visto que essa tecnologia é nova.
Gradualmente o mercado de criptomoedas tem encontrado espaço, com adoção cada vez maior. A possível abertura da bolsa permitirá mais espaço com empresas. As informações são da agência de notícias Reuters.
Quando as criptomoedas surgiram, o propósito inicial da tecnologia era ser um meio de pagamentos. Com o crescimento do setor, novos casos de uso apareceram. Um deles é o de investimentos em criptomoedas, que certamente chamam atenção pela alta volatilidade.
Para legitimar suas operações, a empresa OSL solicitou a regulamentação junto a Securities and Futures Commission (“SFC”). O pedido foi realizado ainda em 2019. Em anúncio ao mercado, na última sexta-feira (21), a OSL chegou com novidades.
De acordo com a agência Reuters, a OSL deverá ser a primeira bolsa de valores com criptomoedas de Hong Kong. A aprovação, ainda que inicial, abre espaço para a consolidar suas operações.
Isso porque, a OSL é uma plataforma de ativos digitais líder da Ásia. Além disso, é membro do BC Technology Group, empresa listada na bolsa local.
A empresa está a caminho de se tornar a única plataforma de ativos digitais auditados, licenciados, segurados e listados publicamente do mundo.
Os investimentos em criptomoedas ainda carecem de padrões nos países. Dessa forma, muitas empresas ainda mantém a cautela com investimentos no setor. Contudo, o mercado asiático pode mostrar que o caminho está começando a se abrir.
Além da iniciativa da OSL com a SFC de Hong Kong, o Japão é um país que olha com carinho para as criptomoedas. No Japão, por exemplo, já existem bolsas de valores de criptomoedas regulamentadas.
Com uma maior pressão do G20 e GaFi por regulamentação, iniciativas como essa são importantes. O mercado, que carece de um padrão global, poderia mirar nessas iniciativas para amparar a tomada de decisões em relação às criptomoedas.
Tema em alta nos últimos anos, as criptomoedas tem chamado atenção. De acordo com o CEO da OSL, Wayne Trench, o futuro é promissor para o mercado.
“Desenvolvimentos regulatórios globais recentes, testes de moeda digital soberana emergente e sociedades cada vez mais sem dinheiro, exemplificam que os ativos digitais são a realidade de hoje e não um sonho distante”
Na noite da última quinta (20), o Banco Central do Brasil anunciou a criação do grupo que discutirá a moeda digital brasileira. A medida mostra que a OSL e Hong Kong estão na frente, já discutindo avanços no tema, que poderiam até se tornar exemplos para outros países.
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