Principais ameaças às criptomoedas – Bitcoin

As Criptomoedas estão consolidadas no mercado mundial como novos ativos digitais, e possuem uma segurança envolta da criptografia, mas saiba quais as principais ameaças ao mercado e a tecnologia.

Preço

Não é uma ameaça direta a tecnologia, mas não poderíamos deixar de comentar sobre.

Os preços representam o que o mercado está disposto a pagar em cada criptoativo, ou seja, por quanto traders estão dispostos a vender e/ou comprar, e esse movimento é baseado em especulação em muitos casos.

Porém, ficar atento a altas oscilações negativas (dump) e positivas (pump), devem ser parte do cotidiano de um investimento, uma vez que em algum canto do mundo pode ter acontecido algo relevante para causar impacto brusco nos preços.

Relacionados a preços ainda, há as opções de grupos de pump e dump em shitcoins em Exchanges, indicações furadas de especialistas que levam usuários a uma corrida ao ouro, entre outras mais.

 

Ameaças às Criptomoedas

Falhas na segurança das criptomoedas podem significar que houve: falha em uma exchange ou em um serviço terceiro, e quem sabe até na criptografia em si.

Levantamos esses três aspectos e discutimos abaixo sobre cada um:

1 – Exchanges

Por exemplo, a rede Bitcoin nunca foi roubada, porém exchanges vivem sendo atacadas pelas falhas de segurança de suas plataformas.

Exemplo maior é a MTGox, que foi o primeiro caso e que até hoje está na justiça, uma grande exchange mundial que teve seus “fundos roubados”.

Lembre-se sempre que exchange não é wallet, pois são instituições centralizadoras de ativos, e dependem de seres humanos para realizar a salvaguarda dos recursos ali alocados.

 

2 – Terceiros

Utilizar serviços de terceiros, que não os oficiais dos projetos também podem acarretar em problemas com as suas criptomoedas.

Exemplos são wallets não oficiais, serviços de geração de private keys online, entre outras.

O cuidado ao realizar transações de forma P2P também deve ser levado em consideração aqui neste ponto, uma vez que ao enviar os fundos sem um escrow ou smart contract, está aberto a possibilidade de ter problema, e lembrando ainda que não há entidade reguladora no mercado a quem recorrer.

 

3 – Criptografia – Tipos de Ataques
3.1 – Ataque 51%

A rede Verge recentemente sofreu um ataque 51%, que é causado quando um ator mal intencionado possui 51% ou mais da rede, e com isso valida as transações que deseja, ou mesmo modifica a estrutura das transações passadas.

Nesse ataque normalmente o alvo é a mineração. Cabe ressaltar que a rede Bitcoin nunca sofreu tal ataque.

3.2 – Computadores Quânticos

Algumas falhas podem ser também relacionadas ao uso de computadores quânticos, que ainda não são uma realidade a sua intensa utilização, e mesmo os atuais que estão no mercado, não são tão potentes a ponto de causar danos a rede Bitcoin.

Em um ataque com esses modelos de computadores que possuem uma capacidade de processamento gigantesca, pelo menos é assim na sua teoria, o alvo seriam as chaves públicas, de forma que com intenso processamento em cima delas poderiam vir a revelar a chave privada, e por consequência os fundos alocados na mesma.

3.3 – DDOS (Ataque de Negação de Serviços)

Há a opção de um ataque de negação de serviço (DDOS), que em versões mais atualizadas do software do Bitcoin, a rede consegue detectar os mesmos e evitar a sua ação.

Este tipo de ataque é comum e visa causar lentidão na rede e atrapalhar o funcionamento de forma plena.

3.4 – Gasto Duplo

O dinheiro digital abre possibilidades de ser gasto duas vezes, chamado Gasto Duplo, que em sistemas de criptomoedas os projetos devem considerar esse problema real.

Na rede Bitcoin, o problema do Gasto Duplo é coberto, porém podem acontecer. Esse tipo de ataque causa vítimas em transações, uma vez que ao realizar duas transações distintas, e só uma ser aceita como válida na Blockchain a outra deixará de existir, ou seja, há a possibilidade de fraude.

3.4.1 – Problema dos Generais Bizantinos

No caso dos Gastos Duplos há um dilema na computação chamado de Problema dos Generais Bizantinos, que a rede ao verificar um Gasto Duplo, deve saber qual será a transação correta na rede e qual deverá ser descartada.

Satoshi Nakamoto resolveu esse dilema com a Mineração Proof-of-Work (POW), fazendo com que seja praticamente impossível realizar Gastos Duplos, pois o consenso de mineração de blocos é o que torna a rede Bitcoin mais segura.

 

Realidade de ataques a bancos tradicionais

Os bancos que utilizamos atualmente, atrelados a Bancos Centrais e utilizando moedas FIAT, são instituições altamente centralizadas.

Com a centralização dos mesmos, se tornam alvos únicos, e portanto bem mais fáceis de se roubar do que as criptomoedas, que são descentralizadas.

No Brasil, já houve casos de o banco ter sua operação online tomada pelos hackers, outro caso recente envolvendo o Banco Neon, bastante utilizado pela comunidade brasileira de criptomoedas, que foi uma vulnerabilidade em seu aplicativo, entre outras mais.

No mundo todo, o número de bancos que sofrem ataques digitais crescem a cada ano que passa.

 

Considerações finais das principais ameaças

Sempre que olhamos pela perspectiva de operações centralizadas, como bancos tradicionais ou mesmo exchanges, vemos que a capacidade de sofrer com ataques é imensamente maior.

Entretanto, boa parte das ameaças e problemas que podem vir a surgir na rede Bitcoin (criptomoedas em geral), já são conhecidas as formas de prevenção, e a maior parte das proteções estão cobertas em atualizações dos softwares, que em projetos com Devs competentes e atuantes se tornam periódicas, como exemplo Bitcoin, Decred, entre outros.

Ou seja, além do emponderamento do usuário que é parte da rede e é o próprio banco, a segurança e privacidade são muito mais eficientes em sistemas descentralizados, logo damos as boas vindas as criptomoedas e ao seu papel disruptivo na sociedade.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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