O ouro é utilizado como moeda há mais de 2.500 anos, portanto não há dúvida sobre as qualidades extraordinárias deste metal precioso. Com 1 grama é possível fazer um fio de 3 quilômetros, além de resistir à ataques de ácidos fortes.
A dúvida é quanto ouro há no mundo após 7.000 anos de exploração, além de equipamentos e sondas modernas. Ou será que a tecnologia de mineração não mudou muito?
Foram explorados cerca de 190 mil toneladas de ouro, equivalente a US $ 12 trilhões de dólares. Pode parecer muito, isso equivale a um andar do MASP em termos de volume.
A produção subiu 40% nos últimos 12 anos, gerando uma inflação equivalente de 1,7% ao ano. Por mais que ocorram inovações tecnológicas, a cada ano fica mais difícil encontrar ouro, já que a parte mais rentável das minas é explorada primeiro.
Outro fator importante é que as minas já descobertas estão atingindo o pico de produção em 2020, caso não surjam novas área de exploração.
Os EUA lideram com folga, acima das 8.100 toneladas de ouro, quantidade próxima da soma das 3 potências europeias: Alemanha, Itália e França.
Na média dos últimos 10 anos, os países têm adicionado reservas líquidas de 500 toneladas por ano, ou 15% da produção.
Outra forma comum de investimento em ouro é através do ETF, um fundo de investimento listado em bolsa de valores. Apesar de não existir no Brasil, este ativo é muito comum nos EUA e Europa, e recentemente tem ganho espaço na Ásia.
O total de ouro equivalente deste tipo de fundo já ultrapassa as 3.500 toneladas. Devemos lembrar que nem todo fundo de investimento é listado em bolsa, portanto instrumentos semelhantes devem representar outras 1.000 toneladas.
Muito se fala em explorar asteroides, porém tais perspectivas são longínquas. É sabido que há asteroides contendo quantidades expressivas de ouro, porém a tecnologia para completar tal missão ainda não existe.
Empresas que captaram mais de 50 milhões de dólares de grandes investidores, contando com ex-diretores da NASA, já tentaram, sem sucesso, tirar tais ideias do papel. Alguns países já anunciaram planos, porém tampouco dispõem da tecnologia necessária.
O problema é que a recente alta na cotação viabilizou a reativação de minas que antes estavam paradas, por exemplo, a Equinox em Santaluz na Bahia. O mesmo não acontece com o Bitcoin, que ajusta sua dificuldade de mineração a cada duas semanas. Ponto pro Bitcoin!
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