O tema das criptomoedas será alvo de uma apresentação na Rádio Justiça dessa segunda (24). Ao comentar os investimentos feitos em moedas digitais, a rádio oficial do judiciário brasileiro irá apresentar conceitos para interessados.
A Rádio Justiça é uma emissora pública, de caráter institucional. Administrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), começou suas transmissões em FM em 2004. Com transmissão pela frequência 104,7 MHz, também funciona pela internet e satélites.
Com uma programação feita com a curadoria de jornalistas próprios, busca apresentar temas jurídicos. A intenção da Rádio Justiça é apresentar conceitos importantes e complexos, evitando a superficialidade.
Rádio Justiça apresenta as criptomoedas para ouvintes
Em alta nos últimos anos no mundo todo, as criptomoedas surgiram em 2009. Com a criação do Bitcoin, por Satoshi Nakamoto, uma nova tecnologia de pagamentos surgiu. Para algumas pessoas, entretanto, esse mercado é uma oportunidade de investimentos.
Isso porque, com a valorização meteórica do preço do Bitcoin, a moeda digital atraiu especuladores. Dessa forma, muitas pessoas, até sem estudo prévio, colocaram muito dinheiro em criptomoedas. Cabe destacar que esses ativos possuem uma alta volatilidade no mercado.
Para apresentar o conceito e ajudar a esclarecer os riscos, a Rádio Justiça fala das criptomoedas em um programa nessa segunda. O programa Revista Justiça, que vai ao ar às 8 da manhã, será o responsável por falar sobre essa nova tecnologia.
As criptomoedas serão discutidas no quadro “Finanças” do programa, apresentado por Sergio Duarte. A Revista Justiça vai ao ar de segunda a sexta e, normalmente, esclarece dúvidas de ouvintes, convidando vários especialistas.
A Rádio Justiça, administrada pelo STF, é transmitida também pelo YouTube.
Criptomoedas tem ocupado o judiciário brasileiro e tema tem sido cada vez mais discutido
As criptomoedas têm ocupado o tempo do judiciário brasileiro nos últimos anos. Por vezes associadas com esquemas de pirâmides financeiras, vários processos correm na justiça. Nos últimos dias o STJ indeferiu o habeas corpus da esposa de um líder de uma pirâmide, que lesou milhares de pessoas no país.
Além disso, é comum ver pessoas sendo lesadas por golpes. Como as criptomoedas são um tema novo, golpistas se aproveitam da falta de estudo das pessoas para lesar possíveis investidores.
Contudo, não são apenas os casos ruins que chegam ao judiciário brasileiro envolvendo as criptomoedas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo, lançou uma revista de estudos jurídicos na última semana. Na ocasião, o STJ falou sobre as vantagens do uso da blockchain, tecnologia utilizada pelas criptomoedas.
Recentemente, também administrada pelo STF, a TV Justiça falou sobre o Bitcoin em um programa especial. Ou seja, o assunto está em alta dentro do judiciário brasileiro hoje, que mostra interesse em conhecer a tecnologia.
Por fim, vale destacar que as criptomoedas ainda não são regulamentadas no Brasil. O Banco Central do Brasil é a autarquia candidata a regulamentar o Bitcoin, que é considerado uma moeda.
Dessa forma, o entendimento é que as criptomoedas não são um investimento, mas sim um meio de pagamentos. Essa regulamentação, que deve acontecer em breve, terá impacto também no judiciário, ao criar normas legais ao setor.