A China continua avançando na ideia de utilizar criptomoedas em seu território. Em uma nova publicação de um jornal militar, os soldados chineses poderão obter recompensas em criptomoedas.
A China possui a maior população do mundo, estimada em 1,3 bilhões em 2017, segundo dados do Google. Além disso, segundo informações de 2019, possui o exército ativo mais populoso dentre todos os países. São cerca de 2,183 milhões de soldados chineses na ativa, somando a estes 510 mil na reserva.
Mas o poderio militar chinês poderá ser exposto a uma nova realidade que não a guerra. As criptomoedas serão apresentadas para estes, que poderão receber algumas recompensas com moedas digitais, ou ainda, em tokens.
De acordo com o jornal chinês SCMP, caso os soldados chineses tenham um bom desempenho, poderão receber recompensas com tokens baseados em blockchain. De acordo com o SCMP, um jornal militar teria feito a sugestão deste novo cenário.
De acordo com a ideia, o Exército de Libertação Popular (PLA) poderia ter a blockchain ajudando no processo de gerência de recursos humanos. Com isso, soldados chineses que alcançassem boas pontuações nos treinamentos, habilidades especiais, conclusão de tarefas, seriam recompensados.
Um porta-voz ainda afirmou que tal processo daria forças para o exército chinês.
“Atribuir ou deduzir tokens de acordo com o desempenho diário de uma pessoa e, assim, gerar uma avaliação objetiva, energizaria efetivamente a gestão de recursos humanos”
Cabe o destaque que o orçamento militar do exército chinês é um dos maiores do mundo atual. O exército chinês é considerado o terceiro mais poderoso do mundo.
A medida proposta pelo exército chinês chega poucas semanas após o anúncio de Xi Jinping afirmar que a China será líder global de blockchain. O presidente afirmou que quer celeridade no processo de construção da blockchain chinesa.
Os dados de cada soldado chinês também poderão ser gravados na rede de blocos. Com isso, a tomada de decisão de um superior quanto aos seus comandados poderá ser totalmente baseada em dados sólidos, principalmente porque com a blockchain não é possível haver alteração de registros gravados.
O que chama atenção ainda é que não há informações de qual rede será a escolhida para essa tarefa. A Ethereum, por exemplo, é uma rede blockchain que permite a criação de tokens. Um dos fundadores desta rede, Joe Lubin, se colocou a disposição do governo chinês de ajudar o país na criação de uma solução.
O cenário chinês relacionado com as criptomoedas tem estado em alta nas últimas semanas. Com a ideia da aplicação blockchain no campo militar, um assunto inédito entre governantes, a China dá mais um passo rumo a adoção desta nova tecnologia. Um dos maiores portais de notícias do país noticiou o Bitcoin em sua capa nos últimos dias.
Por fim, uma agência dos EUA já percebeu os movimentos da China em relação à tecnologia blockchain. Com o campo dos tokens criptográficos entrando em alta, com certeza os vários países passarão a prestar atenção na nova criptoeconomia.
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