A Autoridade de Conduta Financeira (FCA), regulador britânico, segue pressionando empresas de criptomoedas que desejam promover seus produtos no Reino Unido. Em documento publicado nesta terça-feira (4), a FCA aponta novas diretrizes para anúncios de criptomoedas.
Aqueles que insistirem em promover criptomoedas e produtos relacionados sem a autorização poderão ser condenados a 2 anos de prisão. Já as multas não possuem um teto, ou seja, são “ilimitadas”.
“Tomaremos medidas enérgicas contra pessoas que promovem [criptomoedas] ilegalmente para consumidores do Reino Unido”, escreveu a FCA. “Isso pode incluir, mas não está limitado a, colocar empresas em nossa lista de advertência, tomar medidas para remover ou bloquear quaisquer promoções financeiras ilegais, como sites, contas e aplicativos de mídia social, e ações de fiscalização.”
Transporte público de Londres já foi ‘invadido’ por memecoin
As criptomoedas estavam em seu auge em outubro de 2021, atingindo recordes de preços e chamando a atenção de investidores. Uma delas, a Floki Inu, aproveitou o momento para ‘invadir’ os transportes públicos de Londres com um marketing agressivo.
“Perdeu a DOGE? Compre FLOKI.”
Além de investidores, a campanha publicitária da FLOKI também chamou a atenção dos reguladores. Desde então, o Reino Unido está tentando limitar a exposição de tais produtos para seus cidadãos.
No documento publicado nesta terça-feira (4), a FCA aponta que “a definição de promoção financeira é ampla”, mas prometeu analisar sites, aplicativos móveis, redes sociais e outras formas de anúncios.
“Isso se aplica mesmo que a promoção não seja voltada apenas para consumidores do Reino Unido.”
Ou seja, mesmo publicações ‘internacionais’ não poderão chegar aos britânicos, cabendo às empresas buscarem meios de limitar o alcance de suas postagens.
Empresas podem pedir autorização ao FCA, mas o histórico mostra que a chance de aprovação é baixa. Dos 319 pedidos desde 2020, 260 não foram aceitos.
Além disso, vale notar que o Reino Unido já baniu anúncios de diversas corretoras como CryptoCom e Luno, esta última afirmava que era “hora de comprar Bitcoin”. Os exemplos são vários e a ASA é outro órgão que está fiscalizando os anúncios.
Por fim, o Reino Unido tem se mostrado preocupado com a segurança econômica de seus cidadãos. No entanto, ao contrário da CVM americana, os reguladores não estão recebendo críticas dos investidores, talvez por oferecerem um conjunto de regras mais claras às empresas de criptomoedas.