Ruínas do comunismo servem de casa para a mineração de Bitcoin na Sibéria

Ruínas do Comunismo na Sibéria estão sendo usadas para a mineração de Bitcoin como é o caso da estação hidrelétrica de Bratsk, construída durante a Guerra Fria para alimentar a fabricação soviética.

Várias grandes fazendas de mineração instalaram-se em Bratsk, uma cidade industrial na margem do rio Angara, aproveitando as baixas temperaturas da região, que mantêm os custos de resfriamento baixos e a abundante e barata eletricidade da usina.

Bratsk é um exemplo de como as ruínas do império soviético se tornaram solo fértil para um indústria nova menos ligada ao comunismo e mais conectada com ideias libertários.

Depois que a URSS entrou em colapso e partes do imenso setor industrial, principalmente militar, começaram a definhar com o fechamento de muitas fábricas;

“O excedente de energia elétrica na Rússia é enorme, devido ao fechamento de algumas usinas soviéticas e ao fato de que o consumo de energia, em geral, se tornou muito mais eficiente ao longo do tempo”, disse Dmitry Ozersky, CEO da Eletro.Farm , uma empresa de mineração construindo um grande local no Cazaquistão.

Como resultado, segundo o Coindesk, as fazendas de mineração de bitcoin em toda a Rússia agora possuem uma capacidade conjunta de 600 megawatts, representando quase 10% do total de 7 gigawatts de energia que suportam a rede de bitcoin em todo o mundo, disse Ozersky, ex-banqueiro e gerente da empresa estatal russa Rusnano. Sua estimativa é baseada em dados de fabricantes de chips de mineração especializados, conhecidos como ASICs.

“A produção está paralisada há 15 anos e, a cada ano, o declínio piorava cada vez mais. Até 2017, os proprietários decidiram desenvolver esse local de maneira diferente, por exemplo, para um hotel de mineração”, disse o CEO da Cryptoreactor, Fedor Egorov, sobre o local onde instalou seus ASIC que consomem 15 megawatt dos 40 disponíveis, com planos de aumentar a capacidade para 63 megawatt em breve.

A eletricidade na Sibéria, gerada principalmente por energia hidrelétrica, é uma das mais baratas do mundo, cerca de 4 centavos de dólar por quilowatt-hora, e mais barata que o preço médio na Rússia, que atualmente é de 7 a 8 centavos de dólar.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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