Em recente entrevista, a senadora Elizabeth Warren voltou a criticar o mercado de criptomoedas ao acusar o setor de ser o novo banco-sombra. Antes do novo ataque ela chamou o Bitcoin de óleo de cobra.
Bancos-sombra compõem um sistema financeiro informal, ou seja, são empresas que prestam serviços como de bancos, porém não são regulados e não são assegurados por governos.
Alguns exemplos são bancos de investimento, fundos de hedge, corretoras, fundos de pensão e inclusive partes de bancos comerciais tradicionais.
“[O setor de] cripto é o novo banco sombra. Ele fornece muitos dos mesmos serviços, mas sem a proteção ao consumidor ou estabilidade financeira que sustentam o sistema tradicional”
A comparação da senadora Warren entre os bancos-sombra e as criptomoedas é que elas fornecem muitos serviços encontrados neste sistema financeiro informal, sem nenhuma proteção ou estabilidade financeira que o sistema tradicional bancário oferece. Essa polêmica fala da senadora foi feita em entrevista para o New York Times.
Embora, desta vez, a crítica da senadora não seja direta ao Bitcoin e sim ao setor de DeFi, grande parte dele é fruto tanto da tecnologia quanto da ideologia que deu origem ao Bitcoin. E se as pessoas estão procurando por um serviço, então é bem provável que outra pessoa vá fornecê-lo.
Outros setores do governo americano também estão de olho nas criptomoedas
A opinião da senadora também ecoa em outros setores do governo americano. Jerome Powell, presidente do Banco Central declarou que stablecoins não são ativos seguros. Além disso, a SEC montou uma comissão para cuidar especialmente de assuntos ligados a criptomoedas.
O principal foco das ações da SEC são protocolos de DeFi, como BlockFi, SushiSwap e Uniswap, por exemplo. Seu argumento é que embora estes projetos tenham um código descentralizado, há um grupo central de pessoas ganhando dinheiro com isso, e este setor precisa ser regulado.
Outras ações do governo americano são mais pretensiosas ainda, querendo exigir uma prestação de contas de todos que fornecem serviços relacionados a criptomoedas, e isso inclui mineradores, desenvolvedores de softwares como carteiras e outros.
Essa emenda acabou sendo aprovada no início do mês de agosto nos Estados Unidos, mas alguns senadores não estão contentes com as propostas que podem ser consideradas duras ao mercado.
O setor de criptomoedas cresceu muito desde a criação do Bitcoin. O que antes era apenas uma pequena moeda virtual usada por poucas pessoas, hoje é assunto em todos os setores do governo americano, que tenta frear uma tecnologia que ganha mais espaço a cada dia.