A Arkham Intelligence revelou um novo serviço no início deste mês, prometendo recompensas para detetives de criptomoedas que solucionarem casos de hacks. Duas semanas depois, a Intel Exchange já está funcionando, com alguns casos bem interessantes.
O atual destaque é uma investigação de um hack da falida corretora FTX. Quem solucionar o caso ganhará 100.000 tokens ARKM, equivalentes a R$ 250.000.
“Durante o colapso da FTX em novembro de 2022, os representantes da FTX relataram que um hack resultou na perda de mais de US$ 415 milhões em criptomoedas”, aponta a página, descrevendo o caso e citando três endereços. “O hacker ainda não foi identificado.”
“Você pode identificar um indivíduo ou entidade por trás desse hack?”
Na sequência aparecem outras três recompensas para quem identificar hackers. Por ordem de valor aparecem os casos da Wintermute, Nomad Bridge e Cream Finance. Os prêmios são de R$ 125.000, R$ 25.000 e R$ 12.500, respectivamente, em tokens ARKM.
O único que já apresenta uma proposta de resolução é o caso da Wintermute. No entanto, não há detalhes sobre a investigação.
Arkham está pagando para quem descobrir endereços de gigantes como Elon Musk e MicroStrategy
Embora a plataforma tenha foco na solução de crimes, também é possível encontrar recompensas por casos mais aleatórios. Alguns deles visam descobrir os endereços de celebridades e grandes empresas que investem em Bitcoin.
“Elon Musk, uma das pessoas mais ricas do mundo, tem atuado na indústria de criptomoedas nos últimos anos. Você consegue encontrar um endereço que pertença a Elon Musk?”
Quem solucionar o caso receberá uma recompensa equivalente a R$ 2.500, mas restam apenas 22 dias antes que o evento seja arquivado.
Outros investidores que estão no mercado de informações da Intel Exchange são fundos, empresas e gigantes de Wall Street.
Pela quebra do anonimato da MicroStrategy, a recompensa é de 1.520 ARKM (R$ 3.800). O único termo é que a carteira precisa ter mais que 10.000 BTC. No momento, a empresa de Michael Saylor possui mais de 152.000 bitcoins, mas ninguém sabe onde estão.
Outras duas campanhas prometem um prêmio similar para quem apontar quais são as carteiras da Sequoia Capital, famosa empresa de capital de risco, e da Grayscale, responsável pelo GBTC.
Segundo a própria Grayscale, a empresa usa os serviços de custódia da Coinbase para guardar seus ~650.000 bitcoins. Ou seja, o caso parece fácil.
Arkham já pagou R$ 23.800 pela resolução de caso ligado a Do Kwon, fundador da LUNA
Em tuíte publicado nesta segunda-feira (24), a Arkham informou a aprovação do pagamento de sua primeira recompensa. Avaliada em 9.519 ARKM (R$ 23.800), o caso estava ligado a Do Kwon, fundador da criptomoeda Terra (LUNA).
“A Intel Exchange da Arkham teve sua primeira submissão aprovada: novas evidências de carteiras de Do Kwon/Terraform Labs”, revelou a empresa no Twitter. “Um detetive on-chain anônimo e o @ErgoBTC foram os caçadores de recompensas que tiveram sucesso.”
The Arkham Intel Exchange now has its first approved submission: new evidence of wallets owned by Do Kwon / Terraform Labs.
An anonymous on-chain sleuth and @ErgoBTC were the successful bounty hunters. The new labels are available for all to track here: https://t.co/GT9dCGU5q6 pic.twitter.com/0QruCFQ4OS
— Arkham (@ArkhamIntel) July 24, 2023
Por fim, a Arkham também fornece um visualizador de transações em seu site, onde é possível examinar o fluxo de transferências de diversas empresas e indivíduos.
Como exemplo, a imagem abaixo mostra as movimentações de criptomoedas realizadas por Arthur Hayes, fundador da BitMex.