Comparado aos ciclos anteriores, a corrida de Touros do Bitcoin atual é diferente no tempo. Muitos dizem estar em ‘Super Ciclo’ e concordo, já que alguns indicadores sugerem isto.
Mostrei anteriormente uma atualização sobre as Reservas de Bitcoin nas Exchanges comparado com o ciclo passado (2017). Podemos extrair mais alguns pontos que colaboram com a tese do ‘Super Ciclo’.
Enquanto o preço desde o evento Halving em 2016 subiu cerca de 2,700% até o topo histórico fim daquele ciclo em 2017, as Reservas de Bitcoin também era impulsionada para cima.
Isso significa maior liquidez no curto prazo no par BTC para Altcoins, no entanto houve uma grande temporada de moedas alternativas e grande Euforia. Porém, também significa aumento na oferta disponível de Bitcoin para venda.
Esse comportamento pode ser definido como Distribuição. Diferentemente do que ocorre no ciclo atual, Acumulação.
Desde o Halving em maio de 2020, Bitcoin dentro das Exchanges foram drenados em cerca de 505,178.15 BTC (-18%). Já em 2017 cerca de 645,988.40 BTC foram depositados, aumento de +55%.
Este efeito contrário acontecendo no ciclo atual pode ser definido como a variável principal para a diferença temporal em relação as corridas de Touro anteriores.
O mercado expandiu estratosfericamente desde o nascimento do Bitcoin a 11 anos atrás. Isso pode influenciar diretamente na extensão temporal nos ciclos de altas, já que o preço se mantém oscilando dentro de regiões consolidadas a maior parte do tempo.
Em 2013 as Reservas de Bitcoin mantêm um comportamento estável grande parte do tempo, porém subindo forte. Distribuição ocorreu durante toda a primeira corrida de Touro, aumento mais de 139 mil BTC.
A alta volatilidade no preço e os pequenos momentos de acumulação sinalizam essa mudança comportamental e amadurecimento do mercado em geral. A entrada de investidores institucionais forçou a oferta ser drenada, já que esse tipo de negociante executa gerenciamento com base no longo prazo.
A corrida pela proteção de patrimônio utilizando Bitcoin das moedas estatais desvalorizadas por políticas monetárias também contribui para tal efeito no ciclo atual.
Diferentemente de 2013 ou 2017 as Reservas tem outro comportamento e alguns pontos citados podem ser essenciais para esse resultado. O efeito de toda essa escassez no preço deve ser freneticamente intenso e volátil.
A grande importância da Análise on-chain está justamente neste ponto, onde é possível antecipar um grande movimento explosivo e com alta probabilidade assertiva na direção do preço do Bitcoin. Neste caso, não há dúvidas de que a direção é para os alvos de longo prazo entre $150,000 – $300,000.
Além de manter o rastro nos indicadores cíclicos, sinais de distribuição é essencial que apareça dentro da cadeia contribuindo para pressão de venda futura.
A definição Macro com maior peso de métricas indicando grande alavancagem, euforia sem controle e mercado super aquecido serão consideradas a partir do preço a próxima direção do Bitcoin com alta probabilidade de entrada para um mercado de Urso profundo.
Em relação desde o evento Halving o ciclo atual é o mais longo. Dando sequência ao padrão histórico de extensão cíclica em relação a primeira corrida de Touro Bitcoin em 2013.
371 dias após o evento Halving, Bitcoin encontrou seu topo máximo para aquele ciclo no final do ano de 2013.
154 dias a mais, foi o que necessitou para que após o Halving 2016 Bitcoin atingir seu topo máximo para aquele ciclo em 525 dias completos após o evento. Hoje, são 544 dias desde o último evento Halving.
De outra ótica também é possível definir de que o ciclo atual é o mais longo. A partir da quebra do último All Time High, são 327 dias agora igualando com 2011 (O Nascimento de Bitcoin, seu primeiro movimento).
2013 e 2017 foram bem curtos, menos de 300 dias a partir dessa variável. O detalhe importante é a proximidade entre os topos e novamente 2017 mostrando-se ter maior duração em relação à 2013.
Projeção a partir de hoje utilizando o indicador MVRV, para onde os ciclos anteriores apontam?
De forma histórica novembro/dezembro marcou os topos máximos final de ciclo de alta. A projeção sugere pouco tempo para, no mínimo, a capitalização de mercado do Bitcoin mais que dobrar e encontrar seu próximo máximo histórico.
Dado as condições apresentadas, dependendo dá ótica que vamos realizar a leitura o impacto pode ser diferente. Sendo assim, é altamente provável Bitcoin encontrar o topo máximo deste ciclo somente em 2022.
O efeito escassez dentro da Economia Bitcoin nunca foi tão sentido como no ciclo atual. Os fatores externos no mundo real e a conexão com o Bitcoin aflora cada dia mais a necessidade de utilizar este ativo no longo prazo como Reserva de Valor para proteção.
O comportamento especulativo ainda é muito forte e é um dos combustíveis para alta volatilidade no preço e maior irracionalidade em momentos de grandes altas/baixas.
Porém, o curto prazo é apenas ruído na maioria das vezes. Somente gerenciando capital no período mais longo para tornar a volatilidade sua amiga e ter chances de controlar as emoções.
Análise on-chain traz segurança e grande confiança nas probabilidades apresentadas através da leitura, já que são dados verídicos e auditados.
É para isso que é necessário reforçar sempre a leitura Macro do mercado com a vista de cima da floresta, para que no curto prazo (período de maior volatilidade) saiba o que fazer a partir da direção fundamentalista apresentado pela leitura na cadeia.
A Sequência 1 apresentada nos indicadores cíclicos defini tal momento sendo o meio do ciclo de alta. Portanto, a partir do fundo mínimo no preço desde esse período o ciclo atual ainda parece estar cedo.
A partir desta variável o tempo fornece maior espaço para que Bitcoin continue a corrida de Touro. Por isso é importante estar atento na ótica que vamos realizar a leitura.
A tese de ‘Super Ciclo’ pode estar fazendo total sentido agora, já que grande distribuição não ocorre neste ciclo. Diferente do comportamento histórico, além de arrumar espaço dentro do tempo.
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