Tom Lee é o principal nome por trás da expansão da BitMine, hoje sua empresa já possui 6,7% do tamanho da Strategy em criptomoedas em caixa. Foto: Redes sociais.
Scott Melker, dono do canal The Wolf of All Streets, está vendo Tom Lee como o “Michael Saylor do Ethereum”. Os comentários do analista acontecem após a BitMine (NYSE: BMNR) ultrapassar a faixa de 1,15 milhão de ETH em seu caixa.
A quantia está avaliada em US$ 5,2 bilhões (R$ 27,2 bilhões). Não fosse o bastante, a empresa enviou um documento à SEC nesta terça-feira (12) para informar que planeja captar outros US$ 20 bilhões (R$ 107,8 bilhões) para novos aportes.
Conforme outras empresas estão seguindo essa mesma estratégia, o Ethereum opera em forte alta. Negociada a US$ 4.500, maior preço desde 2021, a criptomoeda apresenta ganhos de 52,3% nos últimos 30 dias.
Em nota compartilhada em suas redes sociais, a BitMine revela que comprou 317.126 ethers na última semana, elevando sua participação para 1,15 milhão de ETH em caixa.
“A BitMine é a 3ª maior tesouraria de criptomoedas do mundo, ficando atrás somente da $MSTR (Strategy) e da $MARA (Marathon Holdings).”
“Note que 2 das 4 maiores tesourarias de criptomoedas são detentores de ETH”, continuou a empresa.
As ações da empresa saíram de US$ 4,26 para US$ 135 entre o final de junho e início de agosto, mas recuaram para os US$ 40.
Devido à alta do Ethereum e os planos de novas compras, os papeis voltaram a subir 51,4% nos últimos 30 dias, chegando a US$ 62 nesta terça-feira (12).
Enquanto o Bitcoin vive a narrativa de “ouro digital”, muitos apontam para o Ethereum como um “petróleo digital” por servir de combustível para mover milhares de tokens. Baseando-se nessa premissa, a BitMine aponta que a petroleira Exxon Mobil foi destaque nas últimas quatro décadas na bolsa americana.
“O Ethereum é produtivo e o mercado recompensa a produtividade.”
“Por 38 anos, a XOM (Exxon Mobil) esteve entre as 5 maiores do S&P 500, avaliada com base em um múltiplo das reservas de petróleo ou P/NA (preço por ativo líquido)”, comentou.
Para Scott Melker, apresentador do canal The Wolf of All Streets, Tom Lee está se transformando em uma figura importante para o Ethereum, a ponto de compará-lo ao que o fundador da Strategy representa para o Bitcoin.
“Tom Lee está se tornando o Michael Saylor do ETH. Não há dúvida sobre isso.”
“No ritmo atual, a BitMine pode se tornar a segunda maior empresa de tesouraria de criptomoedas em cerca de uma semana”, escreveu Melker.
Como comparação, o analista nota que a BitMine já possui 6,7% do tamanho da Strategy, mesmo tendo começado sua acumulação de ETH há poucas semanas, e pode diminuir essa diferença.
Em apresentação, a própria BitMine se compara à Strategy, notando a sua rápida expansão.
Quanto a Tom Lee, o analista sempre foi um grande fã do Bitcoin e muito elogiado por seus acertos. Embora criticado por alguns maximalistas, o agora presidente do conselho da BitMine disse que eles também são grandes defensores do Bitcoin.
Nos ciclos passados, investidores aproveitavam seus lucros com o Bitcoin para apostar em criptomoedas menores assim que o BTC parecia exausto, sem chances de grandes retornos a curto prazo, gerando uma segunda onda de ganhos.
Tal padrão está sendo ignorado neste ciclo. Isso se deve a uma postura mais maximalista do mercado, principalmente pela postura da Strategy e outras empresas de tesouraria de Bitcoin.
No entanto, o que se vê agora são diversas empresas públicas apostando em outras moedas. Além da BitMine apostando no Ethereum, também vemos Verb Technology Company (Nasdaq: VERB) comprando Toncoin (TON), 10X Capital acumulando BNB e a ALT5 Sigma Corporation (NASDAQ: ALTS) apostando na WLFI.
Ou seja, é possível que a temporada de altcoins seja impulsionada por essas empresas, não pelo varejo. A diferença, desta vez, é que o dinheiro não sairá dos lucros dos investidores de Bitcoin, mas sim de diferentes estratégias de alavancagem.
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