O Bitcoin hoje consegue realizar um máximo de 20 transações por segundo, caso 100% dos usuários utilizem endereços segwit, fazendo com que não seja tão difícil a rede ficar lenta e com taxas altas. O mesmo ocorre com blockchains da mesma geração, como o Ethereum (ao menos hoje antes da transição para PoW+PoS da tão falada Constantinople) que também congestiona facilmente.
Hoje podemos encontrar criptomoedas de uma nova geração, mais avançada e principalmente focada em resolver problemas de escalabilidade, todavia é improvável que alguma delas tome o lugar do Bitcoin (e até mesmo do Ethereum), afinal, o Bitcoin tem um nome e uma história bem conhecida até mesmo pelo público mainstream, sem falar em seus 10 anos de provação.
Apesar de seu poder, o Bitcoin é péssimo para transações diárias tanto pelo tempo médio de bloco quanto pela sobrecarga que sofreria caso muitas pessoas o utilizassem no dia a dia. Um verdadeiro caos foi visto no final de 2017, onde a taxa de uma transação de BTC chegava facilmente a 50 reais, caso contrário demoraria dias para ser confirmada, isto impulsionou o preço de moedas com um número maior de TPS porém após a tempestade o valor delas desabou.
Até que a Lightning Network ou outro método seja implementado, uma simples solução é tokenizar o Bitcoin dentro dessas blockchains da nova geração, que suportam milhares de transações por segundo com taxas irrisórias, permitindo que o usuário continue transacionando Bitcoin porém de forma mais rápida e barata.
Caso isso seja feito em várias blockchains diferentes, teríamos um maior poder de escolha bem como uma maior descentralização. E mais vantagens aparecem, um token ERC20 pareado ao BTC poderia ser usado nas famosas exchanges descentralizadas construídas em cima da blockchain Ethereum, tornando a privacidade e a segurança ainda maiores.
O Dólar já foi tokenizado por diversas entidades e hoje tais tokens ocupam uma importante parcela do valor de mercado das criptomoedas, todavia é um assunto delicado, já que é difícil ver transparência em alguns projetos e quase todos eles contam com um órgão centralizado por trás. No caso da tokenização do Bitcoin, tudo pode ser mais transparente, e também descentralizado através de trocas atômicas (atomic swaps).
À medida que o setor se expande, novas soluções aparecem, como a simples tokenização de uma criptomoeda para torná-la ainda mais rápida e barata em termos de transações já que o seu sistema de pagamentos P2P parece ter ficado lento demais para tamanha adoção.