Um estudo realizado pela Nomics, a pedido da Bloomberg, aponta que mais de 12.100 criptomoedas se transformaram em zumbis neste ano. Em outras palavras, elas não estão mortas, mas também não estão vivas.
O soma é mais que 3 vezes maior que o número destas criptomoedas no ano anterior, quando chegaram a 3.700. Em 2017, primeiro ano avaliado, o número era de apenas 4 criptomoedas zumbis, em crescente após a era das ICOs.
A receita é simples. A crescente popularidade das criptomoedas foi o principal ingrediente, fazendo com que empresas, entusiastas e até mesmo golpistas entrassem no mercado no ano passado. Somado a isso, o bear market mostrou que muitos projetos só estavam se aproveitando do momento.
12.100 criptomoedas zumbis enquanto outras 50.000 estão se transformando
Por definição, o estudo da Nomics destaca que uma criptomoeda é considerada “zumbi” quando não possui nenhuma negociação dentro de um mês. Ou seja, tal ativo existe, mas ninguém está interessado nele.
O que impressiona são os números. Conforme mostrado na imagem abaixo, a cada ano o número de tais projetos mais que dobra em relação ao anterior.
Esses números não espantam. Afinal, uma simples piada de Elon Musk no Twitter já conseguiu gerar 60 criptomoedas. Enquanto isso, em novembro do ano passado outras 85 foram criadas após o Facebook mudar seu nome para Meta.
Além disso, a situação pode ser pior que parece. Segundo a Nomics, das 64.000 criptomoedas monitoradas pela empresa, apenas 13.800 possuem um volume diário decente. Ou seja, existem outras mais de 50.000 criptomoedas que estão se transformando em zumbis.
Tal número não é composto apenas de memecoins e golpes. Desenvolvedores de algumas criptomoedas realmente acreditavam que estas poderiam ter futuro, mas não sobreviveram ao bear market.
Sendo assim, é necessário concordar com os maximalistas do Bitcoin. Afinal, ninguém mais aguenta tantos exageros no mercado. Além disso, até mesmo alguns projetos que valem hoje valem bilhões não agregam em nada para a sociedade.
Bitcoin foi declarado morto 463 vezes
Enquanto isso, o Bitcoin já foi declarado morto por 463 vezes por críticos. Apenas neste ano, 23 pessoas já tentaram sepultar a maior criptomoeda do mercado, incluindo o CEO do JPMorgan, mas nenhuma teve sucesso.
Mesmo estando 70% abaixo de seu topo histórico, o Bitcoin segue longe de estar morto ou ser considerado uma criptomoeda zumbi. Afinal, seu volume diário segue na faixa dos bilhões de dólares e sua adoção continua crescente, principalmente em países afetados pela inflação.
Outro bom exemplo da saúde do Bitcoin é a Lightning Network, solução de segunda camada que já está com uma capacidade de quase 5.000 BTC. Portanto, seu reinado continua enquanto outras criptomoedas desaparecem do mercado.