O ano de 2021 foi marcado pela listagem de ETFs de criptomoedas em vários países, como destaque temos o Brasil e os EUA. Outra boa surpresa é que quatro ETFs de Bitcoin e Ethereum estão entre os 5 com melhor desempenho neste ano, listados na bolsa brasileira B3.
Esperado desde 2013, a especulação da aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA fez o seu preço decolar. Apesar disso, como alertado pelo CEO da Pantera Capital, o preço do BTC voltou a cair após a aprovação.
Entretanto, vale lembrar que os ETFs americanos são de futuros, ou seja, não há realmente compra de BTC. O próximo passo é convencer o governo para aprovar um ETF à vista, este sim, poderia empurrar o Bitcoin para os almejados 100 mil dólares.
ETFs de Bitcoin e Ethereum
Estes ETFs, sigla para fundos de índice, de criptomoedas permitem que instituições tenham exposições a estes ativos. Um motivo para isso é que eles são negociados em bolsas tradicionais.
Nos EUA, o primeiro pedido de um ETF foi realizado em 2013 pelos gêmeos Winklevoss, donos da exchange Gemini. Apesar disso, foi apenas em 2021 que a SEC aprovou o primeiro ETF de Bitcoin, e seguiu aprovando outros.
Enquanto isso, o Brasil já possuía ETFs de Bitcoin e também da segunda maior criptomoeda do mercado, o Ethereum. A boa notícia é que entre os cinco ETFs mais rentáveis deste ano na B3, quatro deles são de criptomoedas.
Na primeira posição está o QBTC11, ETF de BTC, com ganhos de 81,7% desde o seu lançamento, seguido pelo QETH11, ETF de ETH, BITH11, outro ETF de BTC, IVVB11 que é uma réplica do S&P 500 e pelo ETHE11, outro ETF de Ether.
Ano bom para as criptomoedas
Apesar de serem compostos pelos mesmo ativos, como no caso do QBTC11 e BITH11 ou QETH11 e ETHE11, a diferença de ganhos acima está relacionado a sua data de estreia na bolsa.
Já os ganhos para quem já estava exposto a estas duas criptomoedas desde 1.º de janeiro são ainda maiores. O Bitcoin (BTC) apresentou uma alta de 80,9% neste período, já o Ethereum subiu 478,5%.
Sem dúvidas os ETFs ajudaram às duas maiores criptomoedas a baterem recordes de preço neste ano. Afinal, este é um sinal positivo dos reguladores em relação ao criptomercado e também indica que eles não têm planos de banir tais moedas.
Por fim, agora os americanos esperam que um ETF de Bitcoin à vista seja aprovado, este que poderia impulsionar o preço do BTC ainda mais para cima. De acordo com Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining, essa aprovação poderá ser um dos pontos altos do mercado em 2022.
“Imagino que com uma aprovação de ETF de bitcoin spot ainda no primeiro semestre, teremos um grande avanço com as CBDCs, provavelmente com países importantes lançando suas versões beta. Isso pode impulsionar a adoção de protocolos de DeFi por parte de instituições financeiras, contribuindo com o desenvolvimento da tecnologia e de novas soluções”.
Apesar disso, por enquanto a SEC não está muito disposta a isso.