Parecendo ser uma resposta final as declarações de Charles Hoskinson, Michael Saylor afirmou neste domingo (24) que é um “Maximalista do Bitcoin”. Mas afinal, o que isso significa?
Ironicamente, tal termo foi popularizado por Vitalik Buterin, criador do Ethereum, após o mesmo notar que investidores estavam cansados de presenciar o nascimento de mais uma criptomoeda e, sobretudo, que apenas o Bitcoin os interessava.
O ano era 2014 e já existiam mais de 500 altcoins. Entretanto, poucas sobreviveram nestes oito anos que se passaram. Em outras palavras, os maximalistas estavam certos e também estão desta vez.
A maioria das criptomoedas é golpe
Hoje a situação está bem pior, são mais de 20.000 criptomoedas listadas apenas no CoinMarketCap, ou seja, o número real é bem maior.
Ainda que algumas façam razão de existir, oferecendo recursos que o Bitcoin ainda não consegue fazer bem, como privacidade ou tokens, mesmo assim estas são altamente criticadas. O motivo é simples, muitos destes desenvolvedores arrecadaram milhões, ou até bilhões, para oferecer um produto que não vale tudo isso.
Por conta disso, muitos comparam o mercado de criptomoedas com a bolha da internet dos anos 2000. Ou seja, é fácil perceber que a maioria destes projetos tende a zero e que apenas alguns sobreviverão.
Para simplificar tal análise, os maximalistas do Bitcoin então referem-se a todas outras criptomoedas como golpes, sendo muitas vezes tratados como arrogantes.
“Eu sou um Maximalista do Bitcoin”
I am a #Bitcoin Maximalist.
— Michael Saylor⚡️ (@saylor) July 24, 2022
Pior erro é se comparar ao Bitcoin
Por fim, embora projetos como Ethereum não sejam concorrentes diretos do Bitcoin, um sendo um supercomputador global e o outro dinheiro, seus caminhos acabaram se entrelaçando.
Talvez pela exposição ao mesmo grupo de investidores, tais criptomoedas acabam tendo uma alta correlação de preços. Em outras palavras, o Bitcoin sobe, elas sobem, e vice-versa.
Por conta disso, investidores também caem na armadilha do valor de mercado. Por exemplo, hoje a Shiba Inu (SHIB) — uma criptomoeda meme e sem utilidade — vale R$ 33 bilhões, valor que o Bitcoin — tido como uma das maiores invenções dos últimos tempos — demorou anos para alcançar.
Portanto, é fácil esperar que 99% das criptomoedas despenquem para zero no futuro. Entretanto, é bem possível que novas surjam com a chegada de novas tendências, como aconteceu com o metaverso no ano passado. Mesmo assim, seus destinos ainda serão os mesmos caso queiram se comparar ao Bitcoin.