Argentina coloca criptomoedas em grade curricular estudantil

Sobre o comando de Javier Milei, eleito presidente no final de 2023, a Argentina caminha para se tornar referência em criptomoedas na região.

A Argentina, um dos países mais afetados pela inflação no mundo, está aumentando sua atenção sobre as criptomoedas. Segundo anúncio do ETH Kipu, uma organização dedicada a apoiar o Ethereum na América Latina, o país estará integrando aulas de Ethereum e da tecnologia blockchain em escolas locais.

O projeto é uma parceria com o Ministério da Educação de Buenos Aires e inicialmente estará disponível apenas na capital argentina. A cidade conta com 22 milhões de habitantes.

Sobre o comando de Javier Milei, eleito presidente no final de 2023, a Argentina caminha para se tornar referência em criptomoedas na região.

Alguns chegam a comparar o país com El Salvador, que recentemente apresentou um plano para ensinar Bitcoin para 80.000 funcionários públicos, além de também estar educando seus estudantes sobre o tema.

Argentina dará aulas sobre criptomoedas para jovens

As aulas sobre Ethereum e blockchain estarão disponíveis para alunos do ensino médio de Buenos Aires, capital da Argentina. O primeiro curso está marcado para ter início nesta terça-feira (27).

“Organizado pela ETH Kipu Foundation e apoiado pela Ethereum Foundation, o evento reuniu 200 alunos do ensino médio para um dia de palestras imersivas e workshops sobre Ethereum e seu vasto potencial”, comentou a equipe em comunicado. “Este evento serviu como a plataforma de lançamento oficial para a iniciativa mais ampla de levar a educação sobre blockchain às escolas secundárias.”

Indo além, a fundação ETH Kipu afirma estar trabalhando na implementação de um curso de Solidity, linguagem de programação usada no Ethereum, para treinar 500 estudantes com 18 anos ou mais.

“Este curso capacitará jovens adultos com as habilidades necessárias para desenvolver aplicativos descentralizados (dApps), integrando ainda mais a blockchain na economia local.”

Mostrando a força das criptomoedas na Argentina, Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, disse ter sido mais reconhecido nas ruas de Buenos Aires do que em São Francisco. No entanto, destacou que ainda havia muito trabalho a ser feito, principalmente em questões de segurança.

O principal motivo da adoção das criptomoedas no país é a perda de valor do peso argentino pela inflação. No entanto, a moeda mais procurada é a stablecoin USDT, e não o Bitcoin ou o Ethereum, tendo uma maior aceitação no dia-a-dia pela falta de volatilidade.

Educação sobre criptomoedas dará frutos?

Sendo o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal, hoje El Salvador é o líder na educação sobre criptomoedas. Um grande exemplo é o livro ‘Meu Primeiro Bitcoin’, que ensina conceitos básicos do dinheiro e então se aprofunda em temas mais técnicos como mineração e chaves pública e privada.

Desde que Javier Milei foi eleito presidente da Argentina, El Salvador está tentando se aproximar do país para que ele também se torne outra referência sobre criptomoedas no mundo e vença seus problemas econômicos.

Dado que o setor ainda parece estar em seu início, a educação de jovens pode moldar o futuro desses países.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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