O primeiro bloco econômico do mundo a se inclinar para a possibilidade de aderir às criptomoedas foi a Eurásia, em entrevista no último dia 21 de dezembro.
A Eurásia é um dos blocos econômicos fundados entre países que estão na Europa e na Ásia, semelhante ao Mercosul, e que possui a Rússia e a Turquia como principais países.
A ideia é a criação de uma moeda digital única no bloco, semelhante à ECU que antecedeu ao Euro, disse o vice-ministro das Finanças russo, Alexei Moiseyev.
De acordo com o Ministro Russo as negociações com o bloco devem tomar o ano de 2019, e vão analisar o caso com muito cuidado entre os países membros e também com parceiros chave do bloco.
O que chama a atenção é que no período de 2020-2021 é a expectativa de que pode ser definido as comissões do tema para estudo e levantamento, e as criptomoedas podem ganhar um espaço nesse sentido.
Um campo que poderia incentivar o desenvolvimento de uma criptomoeda da Eurásia é que a Rússia, um dos principais países deste bloco, já está pesquisando sobre Blockchain no acordo firmado com o BRICS, o que poderia ser um case de sucesso e quem sabe aplicação pelo Bloco Europa-Ásia.
O mundo tem mudado a perspectiva de que o Dólar é uma moeda forte para continuar sendo a mais utilizada no mundo, e a Eurásia deixa claro com este anúncio a ideia de diminuir as transações com a moeda dos EUA.
Desde a crise de 2008, do qual foi causada principalmente nos EUA pelos empréstimos subprime, o país vem sofrendo com a desconfiança dos demais sobre a capacidade de manter as finanças mundiais em ordem.
Com a globalização, as finanças de países e blocos tendem a afetar diretamente outros que podem estar em outros continentes, como a recente crise na Turquia que abalou as bolsas em 2018.
Outro ponto de atenção para uma moeda própria do bloco é a quantidade de sanções impostas a alguns países da Ásia pelos EUA, o que faz com que mais atenção seja dada ao fato de criar uma criptomoeda como fez a Venezuela com criação da Petro.
O Bitcoin entretanto já se mostrou uma moeda de confiança para mitigar riscos em casos de crises, principalmente pela alta correlação com o Ouro, o que pode abalar próximos estudos sobre criação de novas moedas pelo mundo a fora.
Em um estudo de 2016, feito sobre o Mercosul e o Brasil em relação às criptomoedas, como as mesmas são difíceis de se regulamentar a tendência é de que os países se adaptem a nova tecnologia de transações, que tem se mostrado muito mais eficiente em vários quesitos, e isso com certeza também será levado em consideração pela movimentação sendo feita pela Eurásia.