Bitcoin apresenta sequência de 7 dias de perdas, entenda os motivos

A saída do Jane Street Group e do Jump Crypto, dois dos maiores criadores de mercado, deve agravar a situação. Nesta semana, o Bitcoin chegou a ser negociado com preço premium na Binance.US e alguns sugeriram uma ligação com a saída de market makers.

Após quatro meses de alta, o Bitcoin enfrenta desafios para manter sua tendência. Negociado a US$ 26.400 nesta sexta-feira (12), a maior criptomoeda do mercado perdeu 10,6% de seu valor nos últimos 7 dias.

Os dois principais motivos seriam o congestionamento da rede, que elevou as taxas de transações para até R$ 150 nesta semana, mas principalmente a aflição ligado a sua baixa liquidez.

Segundo informações da Bloomberg, dois dos maiores criadores de mercado, o Jane Street Group e o Jump Crypto, estão abandonando o setor devido à pressão regulatória americana.

Taxas de transação revelam gargalo do Bitcoin

Embora já existam soluções de segunda camada para o Bitcoin, em especial a Lightning Network, seu uso ainda não está tão popular para que usuários tenham uma rota de fuga para evitar o congestionamento da rede principal.

Como consequência do aumento das taxas, até mesmo a maior corretora de criptomoedas do mundo precisou pausar saques de bitcoin. Na data, até mesmo um desenvolvedor do Bitcoin afirmou que a Binance poderia estar insolvente.

Alguns desenvolvedores do Bitcoin estão tentando criar um filtro para barrar a gravação de dados aleatórios na blockchain. No entanto, é difícil imaginar que isso seja aprovado. Afinal, a segurança do bitcoin fica mais dependente dessas taxas a cada novo halving e bloquear NFTs e outros usos poderia ser um erro no longo prazo.

Mesmo em queda em relação aos últimos dias, taxas do Bitcoin ainda estão na faixa dos R$ 35 para quem estiver com pressa.

Portanto, a melhor solução parece ser a Lightning Network. Mesmo já adotada por algumas corretoras, ainda não é tão simples para o usuário comum. Ou seja, também não é uma saída perfeita.

Problemas de liquidez fazem gargalo da rede ficar no segundo plano

Mais preocupante do que as taxas de rede é a perda de liquidez do Bitcoin. Tal crise iniciou ainda em novembro de 2022, quando a FTX quebrou, mas tem piorado nos últimos meses.

Liquidez do Bitcoin nos últimos 12 meses. Fonte: Kaiko.

A saída do Jane Street Group e do Jump Crypto, dois dos maiores criadores de mercado, deve agravar a situação. Nesta semana, o Bitcoin chegou a ser negociado com preço premium na Binance.US e alguns sugeriram uma ligação com a saída de market makers.

Além disso, também é esperado que tais empresas liquidem suas criptomoedas no mercado aberto. Ou seja, embora não sejam montantes tão grandes, o momento não é o melhor para que eles sejam absorvidos.

Por fim, outras vendas que estão sendo aguardadas são as do governo americano. No total, 41.491 BTC (R$ 5,5 bilhões) serão despejados ao longo de 2023. Mesmo assim, é necessário tomar cuidado com rumores sobre estas vendas, muitas vezes usadas para manipular o mercado negativamente.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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