As preocupações econômicas do Bitcoin devido aos banimentos do Bitcoin na China, bem como a sua crise imobiliária, acabaram ficando para trás conforme o mês de setembro acabou.
Com o Bitcoin cotado em mais de 63 mil dólares, aproximando-se da sua alta histórica, seu preço já dobrou em relação a sua breve queda depois das ações da China em relação a maior criptomoeda do mundo.
A rápida adaptação da indústria, que precisou mover suas sedes para outros países, deixou um recado claro para os países que são contra o Bitcoin: sempre terá outro país interessado e de portas abertas para a evolução tecnológica e financeira que o bitcoin tem a oferecer.
Êxodo de mineradores
Durante a maior parte da vida do Bitcoin, a China foi o lugar de maior concentração de poder computacional. Dependente deste poder para garantir a segurança da rede, um possível banimento da China sempre causou medo entre usuários novatos.
E na verdade, o preço do Bitcoin acabou caindo como previsto após a proibição da atividade de mineração na China, todavia o hashrate recuperou-se rapidamente conforme mineradores chineses migravam para outros países. Com o preço do bitcoin não foi diferente, a moeda, cotada agora em 63 mil dólares, já dobrou de valor em relação a maio quando chegou aos 30 mil dólares.
Grande parte destes mineradores acabaram movendo seus equipamentos para os EUA, agora o país que concentra mais hashrate do mundo. Seguido pelo Cazaquistão, país vizinho da China, e pela Rússia que pode estar considerando usar uma moeda descentralizada para evitar sanções dos EUA.
“Os EUA tomaram o lugar da China como maior fonte de mineração de BTC após dois meses do banimento de Pequim, como mostram os dados”
The US overtook China as the world’s biggest source of bitcoin mining two months after Beijing banned crypto mining this year, new data has revealed: https://t.co/lWx3bq2Q26 pic.twitter.com/smaxJ6ipGW
— FT China (@ftchina) October 13, 2021
Briga de potências
Enquanto a China tomou a pior atitude possível em relação a liberdade e ao futuro, os EUA tomaram o caminho oposto. As falas dos presidentes do FED e do SEC no início deste mês, de não terem planos em banir o bitcoin, deixaram o mercado entusiasmado.
A aprovação de um ETF de Bitcoin, também nos EUA, fez com que este sentimento se tornasse ainda maior, ajudando o preço da moeda a subir.
Após a confirmação do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA, que estreou suas operações no mercado hoje, continua ajudando no preço da moeda que tenta romper sua alta histórica e então partir para outra marca.
Por fim, independente do tamanho da China, por população ou força econômica, não impediu que o bitcoin seguisse seu caminho conforme players da indústria mudavam suas instalações para outros países e a moeda começa a ter uma maior credibilidade entre aqueles que eram céticos em relação a ela.