Nassim Taleb, autor de livros como Cisne Negro e Antifrágil, voltou a atacar o Bitcoin nesta segunda-feira (17) ao afirmar que a criptomoeda é uma doença contagiosa. Complementando, chamou todos investidores de otários.
Embora já tenha defendido o Bitcoin, inclusive escrevendo o prefácio do livro Padrão Bitcoin, Taleb mudou de opinião sobre o ativo e desde então está ofendendo profissionais que discordam de sua opinião.
Como exemplo, ele chamou jornalistas e investidores de criptomoedas de estúpidos, em outubro do ano passado. Anteriormente, em maio, chegou a ofender o economista brasileiro Fernando Ulrich.
Bitcoin é uma doença, afirma Nassim Taleb
Minutos antes da sua principal crítica, Nassim Taleb repostou uma imagem na qual ele afirma que o mercado está próximo de seu topo porque pessoas comuns estão investindo em criptomoedas.
Coincidentemente sua postagem aconteceu no mesmo dia em que a Shiba Inu (SHIBA), moeda do motorista investidor, atingiu seu topo histórico e começou a perder valor.
Bom, é claro que investir em memecoins como Shiba não é uma boa recomendação e que BTC seria uma melhor opção. Todavia, Taleb precisa admitir que o mercado de criptomoedas é muito inclusivo e que isso é ótimo.
Tanto é que esta adoção nos leva a próxima crítica feita por Taleb. Na oportunidade, ele afirma que o Bitcoin é uma doença que se espalhará muito mais antes que seu preço despenque.
“Bitcoin é como uma doença contagiosa. Ele se espalhará, se espalhará e seu preço subirá até a saturação, ou seja, todo otário estúpido o suficiente para comprar a história está investindo. Quando todos os otários estiverem envolvidos, a crença predominante fará disso um investimento “óbvio”. Isso é a máxima fragilidade.”
Com este argumento, Taleb consegue ter um argumento para não apostar contra o Bitcoin, sinalizando que seu preço ainda tem muito para crescer.
Doença contagiosa ou cura?
Embora Taleb chame o Bitcoin de doença, os usuários de Bitcoin acreditam que a moeda digital seja uma cura para um sistema monetário doente cujo principal sintoma é a perda do poder de compra das moedas fiduciárias, ou seja, a inflação.
Mesmo que algumas de suas críticas façam sentido no momento, como o fato de que o bitcoin ainda é mais volátil que bens e serviços comprados por ele, é válido notar que o BTC ainda é um ativo novo, com treze anos, e ninguém é obrigado a aceitá-lo.
Por fim, esperamos que o Bitcoin continue atraindo mais usuários como ocorreu em 2021 e que eles possam proteger-se das ações tomadas por governos. Afinal, esta é a melhor saída para pessoas em países que possuem moedas fracas e vivenciam períodos de alta inflação.