O segundo trimestre de 2022 tem sido de recordes para o Bitcoin, porém poucos deles são animadores. Embora o número de endereços e o hash rate renovaram o seu topo, o que chamou a atenção foram as 9 semanas no vermelho e o fechamento do trimestre trouxe outro dado preocupante: com uma queda de 56,27%, este é o pior período do bitcoin.
Além de uma correção natural, a política monetária do Fed foi uma das principais responsáveis pelo péssimo desempenho. Contudo, o Bitcoin não foi o único a sofrer consequências, afinal ações de diversas gigantes despencaram no mesmo período.
Contudo, o Bitcoin também foi afetado por outros eventos do mundo das criptomoedas, como o colapso da Terra (LUNA) que possuía mais de 80.000 bitcoin que precisaram ser liquidados, e, mais recentemente, pela insolvência de diversas empresas que ficaram insolventes devido a excessos em alavancagens.
Pior trimestre da década
Durante a abertura do trimestre, em abril, o Bitcoin parecia estar ignorando a existência de um bear market enquanto passava novamente os 45 mil dólares após ter testado a região dos US$ 33 mil em janeiro.
Desde então, só caiu. Um dos principais motivos foram os aumentos dos juros pelo Banco Central dos EUA, eventos que também tiveram grande impacto nos mercados acionistas, principalmente sobre empresas de tecnologia.
Seguindo, o colapso da Terra (LUNA) que a obrigou a vender 80.000 BTC para defender a paridade de sua stablecoin continuou pressionando os preços da criptomoeda.
Neste ponto, o Bitcoin fechava sua nona vela semanal seguida no vermelho e, embora tenha esboçado uma pequena reação, acabou rompendo o suporte dos 30 mil dólares e hoje está sendo negociado por menos de US$ 20 mil. Sendo assim, o Bitcoin fecha o segundo trimestre de 2022 como um dos piores da década, amargando uma queda de 56,27.
Entretanto, o caos não parece ter acabado. Enquanto diversas empresas já se mostraram estar insolventes, travando saques, muitos como Sam Bankman-Fried e Dan Morehead acreditam que outras ainda anunciarão sua falência em breve.
Portanto, iniciamos o terceiro trimestre de 2022 temendo que o importante suporte dos 20 mil dólares possa ser rompido a qualquer momento, derrubando o Bitcoin para níveis inimagináveis.
Ainda há notícias boas
Entretanto, o Bitcoin continua quebrando outros recordes positivos, o que pode acalmar aqueles que investem pensando no longo prazo.
Um deles é o hash rate, sinônimo de segurança, ainda em ascensão, outro é a capacidade da Lightning Network que já ultrapassa os 4.000 BTC.
Por fim, também é necessário notar que o número de holders de Bitcoin cresceu com a queda e o baixo preço também fez com que endereços com mais de 1 BTC atingisse recorde no último mês. Em outras palavras, várias pessoas estão aproveitando este grande desconto.