A justiça do Rio de Janeiro atendeu ao pedido de uma cabeleireira de Cabo Frio, que investiu R$ 50 mil na empresa do “Faraó dos Bitcoins”. O apelido de faraó dado ao líder da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos, acabou repercutindo após o fim da empresa, que foi alvo da Operação Kryptos pela Polícia Federal no final de agosto de 2021.
Como Glaidson foi e segue preso, as investigações avançaram contra as atividades da empresa, que foram congeladas pelas autoridades e alvo de três operações da PF, sendo a mais recente a Operação Valeta.
Em nome de Glaidson Acácio dos Santos e sua esposa foragida, a venezuelana Mirelis Zerpa, foram abertas várias empresas no Brasil que ajudavam o possível esquema de pirâmide financeira a se manter.
Vale lembrar que a atividade de captação da GAS prometia rendimentos mensais de 10% na Região dos Lagos e acabou se tornando uma das principais “empresas” de Cabo Frio. Quando o esquema ruiu, a PF e a mídia chegaram a ser alvos de protestos de investidores revoltados, que começam agora a cair na real da furada que entraram.
E um dos casos envolve uma cabeleireira de Cabo Frio, que fez um aporte de R$ 50 mil nas empresas, mas com a impossibilidade dos saques, resolveu partir para a justiça.
Em primeira instância, sua liminar de bloqueio de valores nas contas do “Faraó dos Bitcoins” foi negada pela justiça, mas não parou por aí.
Em segunda instância, a cabeleireira recorreu novamente pedindo que sua liminar de bloqueio fosse aprovada, de acordo com o TJRJ.
Ao analisar o caso, a desembargadora Leila Albuquerque observou que empresas de criptomoedas que estão devendo clientes estão tendo problemas com a justiça, que está acatando todos os pedidos de bloqueio contra elas impetrado.
Assim, ela concordou com o pedido de bloqueio contra o “Faraó dos Bitcoins” e o recurso teve a unanimidade dos votos na segunda instância.
“E a documentação trazida aos autos neste feito comprova a existência dos contratos de aplicação financeira com os agravados, entendendo esta relatora estarem comprovados os requisitos para a antecipação da tutela”.
A cabeleireira havia celebrado cinco contratos de investimentos com a GAS Consultoria, e todo o capital de sua barbearia foi colocado para “rentabilizar” na empresa alvo de várias operações. Este é apenas mais um caso de bloqueio contra a empresa de Cabo Frio, que já viu mais de R$ 10 milhões serem bloqueados por apenas um advogado no Brasil.
O Jornal da Record também repercutiu o caso e lembrou que Glaidson segue preso e investigado por vários crimes.
Comentários