“Criptomoedas levarão vantagem em relação ao Pix”, diz artigo do Tribunal de Contas de MT

Um problema que muitos destacam nas CBDCs é que elas são administradas pelo Banco Central, o mesmo que ocasionou a inflação do dólar, do real e várias outras.

O Pix é a eletronização do sistema de pagamento brasileiro que está sendo desenvolvido e amplamente divulgado pelo Banco Central e até pelos bancos presentes no Brasil. Muitos acreditam que ele é uma resposta às criptomoedas, mas um artigo publicado do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, escrito pelo Conselheiro do CRC/MT, Claiton Cavalcante, aponta que as criptomoedas continuarão tendo vantagem sobre o Pix e de outros projetos de Moedas Digitais de Banco Central (CBDC).

O artigo destacou como o Pix é uma importante atualização do sistema financeiro Brasileiro, que, de acordo com o texto, é um dos mais sólidos do mundo. No entanto ainda carece de avanços tecnológicos para oferecer mais vantagens para os correntistas e clientes.

Sem dúvidas ele apresenta um avanço significativo e importante em relação ao sistema atual, que depende do DOC, TED, boletos e cartões. Algo que pode ser bem mais trabalhoso e custoso para os clientes, facilitando até mesmo as transferências entre instituições.

“Quem possui conta em banco sabe que nos dias atuais uma transferência entre bancos diferentes pode custar até R$ 23,00. Um pagamento, via boleto, pode levar até 2 dias para ser compensado, lembrando que não existe compensação nos finais de semana. Baseado nisso podemos afirmar que banco 24 horas, antes do PIX, só funcionava para saque.”

Sendo assim, o Pix poderá alavancar não só a usabilidade e praticidade do sistema financeiro brasileiro, mas também melhorar a competitividade do mercado e promover inclusão financeira.

Com essas características de transações mais rápidas, com taxas baixas e de forma bem mais prática, o Pix inevitavelmente acabou sendo comparado com as criptomoedas, já que elas oferecem um sistema parecida. As comparações e discussões ficaram ainda mais proeminentes com a recente valorização do Bitcoin em relação a terrível inflação do real.

O artigo ressalta que o Pix é o primeiro passo para um projeto maior, com o Banco Central considerando o lançamento de uma CBDC no futuro, com o atual sistema eletrônico pavimentando esse caminho.

Pix e CBDC não terão as mesmas vantagens das criptomoedas

Segundo Cavalcante, a partir de 2022 o BC desenvolverá a sua própria CBDC, que provavelmente terá o Pix como um importante aliado para o seu funcionamento.

“Com isso, a tendência é que com a criação das CBDC’s as instituições financeiras possam competir em pé de igualdade com as criptomoedas, que para muitos será o dinheiro do futuro. Mas, mesmo assim as criptomoedas levarão vantagem em relação as CBDC’s visto que são descentralizadas, ou seja, não sofrem interferência de banco central.

Um problema que muitos destacam nas CBDCs (e isso inclui a de outros países) é que no fim das contas, elas são administradas pelo Banco Central, o mesmo que ocasionou a inflação do dólar, do real e várias outras. Sendo assim, é justamente essa interferência centralizada que acaba tornando esses projetos menos vantajosos do que o uso das Criptomoedas.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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