Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, se filiou ao partido Democracia Cristã (DC) e pretende disputar as eleições como deputado. Apontado pela Polícia Federal como o líder de uma das maiores pirâmides com Bitcoin do Brasil, Glaidson está preso, mas isso não o impediu de se arriscar na política.
O faraó dos bitcoins é apontado como o chefe de uma organização que oferecia supostos rendimentos fixos de mercado, além de encomendar a morte de concorrentes.
Glaidson quer ser visto como um salvador, assim, ele deve se apresentar como “Moisés dos bitcoins”.
“Moisés dos bitcoins”
De acordo com o advogado que o representa, Gladson quer ser chamado de “Moisés dos bitcoins” por ter “libertado o povo do sistema financeiro tradicional.”
“Se a imprensa quer botar um título bíblico, que seja de Moisés do bitcoin, porque foi aquele que libertou, com um projeto, o povo das amarras do sistema financeiro nacional”, disse o advogado em um vídeo.
A defesa de Glaidson disse que ele não foi condenado em nenhuma instância e afirma que até agora, as alegações contra ele não possuem provas.
Atualmente, o líder da GAS Consultoria está em prisão preventiva, já tendo seu pedido de liberdade negado até pelo STF. Mas desde 2019, o STF concedeu no Brasil foro privilegiado a deputados, o que pode estar motivando a candidatura.
O “Faraó dos Bitcoins” buscava se filiar a algum partido político no Rio de janeiro desde fevereiro. Com o anúncio da sua intenção, partidos entraram em contato com ele, demonstrando interesse mútuo na candidatura.
Crimes
Investigado por vários crimes pela polícia e ministério público federal, ele é apontado como chefe de um grupo de extermínio em Cabo Frio.
Outro caso foi o possível pedido para matar o namorado da cantora Perlla, Patrick Abrahão, da Trust Investing, que chegou a fugir do Brasil recentemente.
Vale lembrar que quando foi preso, o apoio popular dos investidores ao faraó dos bitcoins foi grande. Muitos clientes chegaram a participar de protestos públicos em Cabo frio e na capital Rio de Janeiro, pedindo liberdade do faraó que prometia rendimentos de 10% ao mês com supostas operações de Bitcoin.