O Governo Estadual de Minas Gerais lançou uma blockchain para manter e compartilhar registros de dados, iniciativa que havia sido anunciada em setembro de 2020.
A intenção do projeto é fortalecer o estado do sudeste na produção de carvão, dando mais informações aos consumidores sobre o processo da cadeia produtiva. Com o uso da blockchain, é esperado que os dados sejam mais transparentes para os participantes desse ecossistema.
Uma das intenções então é combater a extração ilegal de madeiras em Minas Gerais, uma atividade que causa danos ao meio ambiente e a empresas que têm seus registros perante órgãos fiscalizadores.
Seja na iniciativa privada ou pública, a chamada transformação digital é um processo que ganhou fôlego nos últimos meses. Precisando estabelecer sistemas digitais confiáveis, uma das tecnologias que ganhou reconhecimento no Brasil foi a blockchain, colocada na prática pelo Bitcoin em 2009.
No entanto, essa tecnologia passou a ser testada e utilizada em vários casos de uso, sendo um deles lançado agora pelo governo de Minas Gerais, na chamada “rede mineira de blockchain”.
Em nota pela Agência Minas, o diretor-presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), Roberto Reis, declarou que essa rede é muito importante para demonstrar o processo de digitalização estadual.
“A rede blockchain para serviços de governo é um projeto muito importante para nós, da Prodemge, e toda a administração pública. Estamos inovando e colocando o Governo de Minas na vanguarda do que há de mais moderno em Tecnologia da Informação. Essa ferramenta é aliada fundamental na busca pela transformação digital do Estado”.
Em nota, o governo mineiro declarou que essa é uma “tecnologia inovadora associada com compartilhamento de informação, confiabilidade, descentralização e rastreabilidade“.
Em redes blockchain, os “nós” são os responsáveis por armazenarem cópias dos dados que trafegam naqueles ambientes, tornando a informação mais segura e descentralizando esta em vários locais.
Na rede Bitcoin, por exemplo, qualquer pessoa que é um nó desta consegue ver todo o histórico de transações já realizado desde 2009, além de garantir que a rede fique mais incensurável ao manter o registro sempre atualizado.
Com isso em mente, o governo de Minas Gerais já instalou os primeiros nós da blockchain estadual, mas o diretor Roberto espera que mais órgãos públicos configurem seus “servidores” em breve, para garantir que a rede fique mais robusta.
“Quanto mais nós se integrarem, mais robusta essa rede se tornará”.
Assim, o primeiro produto a funcionar neste ambiente será o MG Florestas, que receberá uma aplicação para acompanha a produção de carvão no estado.
Mais soluções com uso desta tecnologia poderão surgir nos próximos anos, com o governo declarando que a solução de infraestrutura foi desenvolvida em um ambiente sólido e conhecido no mercado, mas sem divulgar o nome da ferramenta blockchain escolhida.
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