Greenpeace critica vitória da Grayscale e pede cautela na aprovação de ETFs de Bitcoin

O texto também aproveita para atacar o pedido de ETF da Jacobi Asset Management. Segundo matéria publicada na Bloomberg nesta terça-feira (29), a gestora está usando a sigla inglesa “ESG”, que significa “governança ambiental, social e corporativa” em seu pedido, mas o Greenpeace não gostou da atitude.

O Greenpeace mostrou-se preocupado com a vitória da Grayscale sobre a SEC no dia de ontem e publicou uma nota nesta quarta-feira (30). Em suma, a ONG ambiental acredita que o avanço dos pedidos de ETF de Bitcoin à vista “dificultará seus esforços para cumprir seus objetivos”.

O Greenpeace lançou a campanha “Mude o Código, Não o Clima”, patrocinada pelo fundador da Ripple (XRP), em junho deste ano. Na ocasião, pediu para o Bitcoin passar por uma mudança semelhante ao The Merge do Ethereum, que deu fim à mineração baseada em poder computacional.

Em julho, também focou seu ataque em gigantes de Wall Street, como BlackRock, Fidelity, Vanguard, Citigroup, JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Visa, MasterCard e American Express, todas pró-Bitcoin. No entanto, a iniciativa da organização acabou virando motivo de chacota entre investidores.

Greenpeace volta a criticar mineração de Bitcoin

Com a vitória da Grayscale sobre a SEC nos tribunais, analistas da Bloomberg cravaram que um ETF de Bitcoin possui 75% de chance de ser aprovado ainda neste ano e 95% em 2024. Em nota, o Greenpeace mostrou-se preocupado com o andar da carruagem.

“Esta decisão poderá abrir caminho a novos produtos de investimento que dificultarão ainda mais os esforços para cumprir os nossos objetivos climáticos”, disse Joshua Archer, líder da campanha contra o Bitcoin. “Antes de entrar no movimento do ETF Bitcoin, as instituições financeiras precisam fazer a devida diligência sobre o risco climático do Bitcoin e seu impacto desastroso nas comunidades.”

“O Bitcoin está usando tanta energia quanto países inteiros, a maior parte derivada de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.”

O texto também aproveita para atacar o pedido de ETF da Jacobi Asset Management. Segundo matéria publicada na Bloomberg nesta terça-feira (29), a gestora está usando a sigla inglesa “ESG”, que significa “governança ambiental, social e corporativa” em seu pedido, mas o Greenpeace não gostou da atitude.

“As tentativas de rotular um ETF de Bitcoin como um investimento ESG são um engano.”

“A compra de uma certificação de energia renovável não se traduz numa redução significativa do impacto ambiental da mineração de Bitcoin e das suas emissões substanciais de carbono”, continuou Archer. “É greenwashing e não consegue enfrentar os desafios genuínos da descarbonização e da limpeza do Bitcoin.”

SEC deve ser cautelosa, diz Greenpeace, citando riscos ambientais

O primeiro pedido de ETF de Bitcoin à vista nos EUA foi protocolado no dia 1ª de julho de 2013, há 10 anos. Desde então, a SEC tem encontrado diversos motivos para rejeitar tais aplicações, mas a pressão só aumenta, principalmente com a chegada da poderosa BlackRock.

Como conselho, o Greenpeace pede para que a SEC também avalie os riscos ambientais ligados ao Bitcoin. “A decisão da SEC de dar luz verde ou rejeitar um ETF de Bitcoin à vista nos EUA deve abranger uma avaliação completa de seu potencial impacto e riscos climáticos”, aponta o texto da ONG.

“Limpe o Bitcoin antes que seja tarde demais.”

Propaganda do Greenpeace contra a mineração do Bitcoin. Fonte: Greenpeace/Reprodução.
Propaganda do Greenpeace contra a mineração do Bitcoin. Fonte: Greenpeace/Reprodução.

Por fim, é difícil acreditar que a SEC use tal argumento para sustentar sua defesa contra um ETF de Bitcoin. No entanto, nada impede que a Comissão utilize todos os recursos possíveis para não ceder ao livre mercado.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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