Em entrevista ao MSNBC nesta terça-feira (1), Hillary Clinton, ex-primeira dama e senadora dos EUA, afirmou que as sanções a Rússia devem se estender ao campo das criptomoedas, caso contrário serão usadas como refúgio entre russos.
Sua fala acontece enquanto diversos países respondem à Rússia com sanções para enfraquecer sua economia enquanto suas tropas seguem invadindo seu país vizinho, a Ucrânia.
Embora seja difícil acreditar que um país como a Rússia adote o Bitcoin, o tamanho da maior criptomoeda do mundo mostra haver espaço para abrigar milhões de refugiados, principalmente aqueles que não estão interessados nesta guerra.
Embora grande parte da comunidade esteja disposta a ajudar a Ucrânia, o pedido de alguns para dificultar a vida dos russos parece estar ultrapassando os limites. Afinal, nem todos estão apoiando esta guerra.
Como exemplo, podemos citar o pedido da própria Ucrânia à Binance para que ela bloqueasse contas de cidadãos russos. Tal pedido foi negado pela exchange.
Contudo, nem todos estão felizes com essa abordagem. Uma dessas pessoas é a ex-primeira dama dos EUA, Hillary Clinton. Em entrevista à MSNBC nesta terça-feira (1), Hillary mostrou-se desapontada com tais empresas.
“Fiquei desapontada ao ver que algumas das chamadas exchanges de criptomoedas, nem todas, mas algumas delas, estão se recusando a encerrar ligações com a Rússia devido a algumas, não sei, filosofia do libertarianismo ou qualquer outra coisa.”
Seguindo, a ex-senadora americana declara ser preciso que todos façam o máximo possível para isolar as atividades econômicas da Rússia no momento. Obviamente isso inclui o uso de criptomoedas, principalmente por certos grupos de bilionários.
Com sua moeda local chegando a uma desvalorização de 35% nos últimos 7 dias em relação ao dólar, o rublo russo não parece oferecer mais nenhuma estabilidade tanto ao seu governo quanto aos seus cidadãos devido às sanções internacionais.
Dito isto, algumas pessoas como Hillary Clinton acreditam que o Bitcoin possa ser usado para não apenas driblar tais sanções como também servir como uma proteção de capital conforme é uma moeda global, incensurável e sem um país emissor.
Embora seja difícil acreditar que uma economia do tamanho da Rússia possa migrar para o Bitcoin, boa parte de sua população pode preferir usar um dinheiro apolítico.
Além disso, a recente desvalorização do rublo russo fez com até mesmo o Bitcoin o ultrapassasse em capitalização de mercado. Embora seja uma métrica rasa, isso mostra a dimensão da maior criptomoeda do mundo.
Portanto, certamente o Bitcoin pode ajudar os russos, contudo ele ajudará principalmente aqueles que não tem apego ao Estado. Ou seja, aqueles que sabem que esta guerra não é sua.
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