Há quase dois meses, os EUA prenderam dois irmãos pela acusação de insider trading envolvendo listagem de tokens e criptomoedas na Coinbase. Nesta segunda-feira (12), Nikhil Wahi declarou-se culpado durante uma audiência virtual e será sentenciado em dezembro. As informações são da Reuters.
Enquanto isso, seu irmão Ishan Wahi, ex-gerente de produtos da Coinbase, declarou-se inocente e deve voltar aos tribunais em março do próximo ano. Já Sameer Ramani, também supostamente envolvido no esquema, encontra-se foragido.
Segundo estimativas, os mesmos conseguiram obter um lucro equivalente a R$ 6 milhões com tais negociações ilegais durante um período de quase um ano, entre junho de 2021 e abril de 2022.
Caso de insider trading da Coinbase evolui na justiça
Após uma série de acusações pela mídia, as autoridades dos EUA não apenas investigaram a Coinbase como também processaram três pessoas, incluindo o ex-gerente de produto da corretora, que supostamente realizaram lucros usando informações privilegiadas.
Cerca de dois meses após a abertura do processo, um dos acusados se declarou culpado nesta segunda-feira (12). Segundo informações da Reuteurs, Nikhil Wahi confessou estar ciente que estava agindo de má-fé.
“Eu sabia que era errado receber informações confidenciais da Coinbase e realizar trades com base nessas informações confidenciais.”
No suposto golpe, Sameer Ramani e Nikhil Wahi recebiam informações de Ishan Wahi, então gerente de produtos da Coinbase, sobre quais criptomoedas seriam listadas na corretora no futuro.
Desta forma, compravam os ativos antes destes se valorizarem devido a maior exposição e confiança do ativo ao público geral.
No total, estima-se que eles conseguiram faturar R$ 6 milhões com a atividade. Apesar disso, Ishan declarou-se inocente, mas terá que dar novo depoimento em março de 2022. Já Ramani está foragido.
Coinbase em defesa da privacidade
Na semana passada, a Coinbase afirmou que está financiando um processo que contesta às sanções do Departamento do Tesouro dos EUA contra o Tornado Cash. Em seu blog, a corretora afirma que o governo americano passou dos limites.
“As sanções excedem a autoridade do Tesouro, prejudicam pessoas inocentes, removem opções de privacidade e segurança para usuários de criptomoedas e sufocam a inovação.”
Como destaque, cita uma pessoa que usou o Tornado Cash para enviar dinheiro de forma anônima para a Ucrânia. Indo além, comenta que outro usuário usou a ferramenta para proteger sua integridade financeira e física, afinal, qualquer pessoa — incluindo criminosos — poderiam ver seu saldo antes disso.
Por fim, a Coinbase mostrou apoio ao governo quanto às sanções a grupos criminosos. Porém, seu ponto é que muitas pessoas inocentes tiveram seus fundos congelados, sendo tratadas como bandidos.