Uma pesquisa promovida pela Hashdex em parceria com a FGV sugere que os investidores jovens e mais pessimistas com o Brasil investem em Bitcoin. Já os mais otimistas ainda compram ações listadas na bolsa de valores no país.
“O conhecimento em criptomoedas mostrou-se maior entre os investidores: (i) mais jovens, (ii) de perfil de risco agressivo; ou (iii) com curso superior relacionado a finanças”.
Lançada nos últimos dias, essa pesquisa buscou identificar o perfil dos investidores brasileiros. No Brasil, por exemplo, são cerca de 4 milhões de pessoas cadastradas na bolsa de valores, para uma população estimada em 212 milhões.
Já no mercado de criptomoedas, cerca de 3 milhões de pessoas estão utilizando corretoras, dado que mostra uma crescente do setor nos últimos meses.
O Bitcoin, por exemplo, que é a maior criptomoeda e primeira a surgir tem apenas 12 anos completos. As demais moedas digitais, em sua maioria, não têm nem cinco anos de história sendo um mercado ainda nebuloso para maior parte das pessoas.
Pesquisa sugere que jovens pessimistas com o Brasil compram Bitcoin e Dólar
Ao afirmar que os jovens são aqueles que representam o maior conhecimento em criptomoedas e Bitcoin, a pesquisa que ouviu 576 brasileiros investidores entre fevereiro e março de 2021 apresentou seus resultados nos últimos dias.
O estudo levantou que 50% dos investidores do mercado de criptomoedas ouvidos começaram sua jornada neste mercado após 2020. Questionados sobre o início do mercado em 2016 ou anos anteriores, apenas 12% dos ouvintes declaram fazer parte deste investimento em criptomoedas.
Os 38% restantes entraram no mercado entre 2017 e 2019, mostrando que a maior parte dos investidores ingressou nos últimos dois anos. Mesmo assim, esses investidores acreditam que estão investindo melhor que aqueles que não compram Bitcoin, segundo uma auto-avaliação de desempenho feita na pesquisa.
“Quando o assunto é a performance nas aplicações, os investidores cripto se autoavaliam melhor do que seus pares que investem apenas em outras classes de ativos. Em média, aqueles que aportam em ativos digitais deram uma nota de 6,87 para o desempenho dos seus investimentos, ante aos 6,21 dos investidores não cripto.”
No entanto, um dado que chamou atenção no estudo revelado pela Hashdex e FGV é a relação do investimento em Bitcoin feito por jovens com o pessimismo com o Brasil. Segundo o levantamento, investidores otimistas tendem a investir em ações, enquanto pessimistas correm para títulos privados, câmbio (Dólar, Euro, entre outras) e Bitcoin.
Investidores de criptomoedas são autodidatas
Segundo a Pesquisa Cripto 2021 Hashdex e FGV os investidores de criptomoedas e aqueles interessados em entrar no setor buscam conhecimento pela própria internet, sendo autodidatas.
“Por fim, outro dado bastante interessante é que 56,59% dos entrevistados, tanto dos que já aportam em criptomoedas como aqueles que não o fazem, buscam aprender sobre como investir em criptoativos de maneira autodidata, com ajuda de vídeos e tutoriais da internet. Entre os investidores criptos, há uma predominância de indivíduos com cursos superiores relacionados às finanças do que entre os não investidores, de 26% contra 18%.”
Vale lembrar que no Brasil há uma quantidade de canais no YouTube sobre Bitcoin, que podem ajudar esses investidores em seu processo de conhecimento.