O Bitcoin (BTC) é a primeira moeda digital descentralizada em funcionamento que o mundo já viu. Isso significa que não há nenhum governo controlando a emissão dessa moeda. Como o BTC ainda possui valor por oferta e demanda, há influência em seu preço quando países se posicionam em relação à moeda. Os países do BRICS, nesse sentido, são importantes para o Bitcoin?
O BRICS teve seu início de maneira informal há 13 anos, e não contava com a participação da África do Sul. Em 2009, porém, o país do continente africano se uniu ao bloco, que passou a se chamar BRICS.
As primeiras cúpulas do bloco começaram em 2009, e o Brasil será o primeiro país a sediar pela terceira vez a reunião. Nos próximos dias 13 e 14 de novembro, haverá o encontro dos principais líderes do bloco em Brasília, capital brasileira.
O que certamente chama a atenção é que o bloco já imaginou em reuniões anteriores o tema blockchain. Em 2018, por exemplo, a cúpula do BRICS decidiu que empréstimos entre órgãos governamentais deveriam passar por blockchain. Neste caso, o BNDES foi a instituição brasileira afetada pelo caso.
Em 2019, contudo, o cenário virá diferente para o Brasil. Após o anúncio da criptomoeda Libra do Facebook, os governos estão em polvorosos com as criptomoedas. Cabe o destaque que grandes potências participam deste bloco, sendo talvez a principal a China.
Desde a cúpula de 2014, também sediada no Brasil, o BRICS fechou um acordo para compartilhar informações entre os países. Tais informações seriam do tipo econômico-financeiras, tecnológicas. Antes disso os países compartilhavam apenas informações relacionadas a saúde e empreendedorismo. A pauta segurança é uma das esperadas para o debate de 2019.
Com o cenário das criptomoedas em alta, é esperado que o tema venha a tona na próxima reunião do BRICS. Além disso, a China anunciou que quer ser líder de blockchain mundial, ou seja, o tema está em alta.
Por vezes chamado de “Cinco Grandes”, os países que compõem o BRICS são relevantes em suas regiões. O Brasil é uma das principais economias da América Latina, sendo a África do Sul destaque do continente africano.
Já na ásia, a Índia e China possuem as maiores populações do planeta, sendo a Rússia o maior território geográfico do mundo. Só por isso, o bloco é relevante e é, economicamente falando, perigoso para os EUA. Apesar disso, de acordo com o Correio do Povo, o BRICS tem diminuído sua relevância, principalmente no caso do Brasil que tem se aproximado dos EUA.
Mesmo assim, ao imaginar o bloco unido, a pauta “Bitcoin” poderá surgir em algum momento. Caso alguma informação sobre as criptomoedas saia desta reunião, certamente os preços poderão sofrer influência.
O lema da próxima cúpula será “BRICS: crescimento econômico para um futuro inovador”. Dessa forma destaca-se quatro encontros que os países terão que podem ter relação com criptomoedas:
Para saber se os países do BRICS irão tratar especificamente do Bitcoin, o Livecoins procurou o Itamaraty. Até o momento, entretanto, não houve resposta. Caso haja, a nota será adicionada nesta reportagem.
Para Truth Raider, empresas que estão no setor de Bitcoin devem prestar atenção nos países que compõem o BRICS. Isso seria fundamental para o futuro dessas empresas no longo prazo, de acordo com este especialista.
A reunião de 2019, que começa em duas semanas, poderá dar o tom dessa realidade. O Livecoins seguirá acompanhando de perto os desdobramentos do BRICS no criptomercado.
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