Permissão para bancos guardarem bitcoin pode ser sinal de desespero do sistema financeiro

O déficit mensal dos EUA atingiu o recorde de US$ 864 bilhões, já o débito nacional total é de US$ 23.7 trilhões.

Recentemente o órgão legislador do setor bancário dos EUA permitiu que bancos passem a oferecer serviços de custódia de criptomoedas para seus clientes. Ou seja, os bancos dos EUA agora podem guardar Bitcoins assim como fazem com dinheiro.

Para alguns, essa nova movimentação da legislação pode significar que os bancos estão desesperados.

Um dos analistas pensam dessa maneira é Max Keiser, um dos pioneiros do Bitcoin e fundador da Heisenberg Capital, que disse acreditar que os bancos estarem interessados em oferecer custódia de Bitcoins pode ser um sinal de desespero com a performance do dólar.

Bancos armazenando Bitcoin quer dizer que os bancos estão entrando em pânico. Eles adorariam ignorar o bitcoin, mas com o dinheiro fiduciário entrando em colapso e países com o Irã minerando bitcoin ativamente, a teoria de jogos do bitcoin dentro do protocolo funcionou mais uma vez, destruindo a resistência dos bancos.”

Recentemente ficou muito comum a discussão sobre o futuro das moedas estatais dentro da sociedade, principalmente em meio a uma pandemia.

Para tentar conter os efeitos financeiros da pandemia, uma das soluções adotadas por quase todos os governos foi a impressão em grande quantidade de dinheiro. Ao todo, apenas os EUA gastaram mais e US$ 8 trilhões para conter a crise em diferentes níveis.

E o Brasil, claro, não fica par atrás com uma grande impressão de notas e um aumento considerável da circulação de dinheiro no mercado. Algumas vozes do mercado acreditam que esse possível desespero dos bancos seja um sinal de que estamos caminhando sim para um colapso das moedas fiduciárias que estão inundando o mercado, apesar dos sinais não indicaram uma inflação galopante agora no início.

O déficit mensal dos EUA atingiu o recorde de US$ 864 bilhões, já o débito nacional total é de US$ 23.7 trilhões, valor atingido em março desse ano. E até julho de 2021 foi suspenso o teto de limite de débito. Ou seja, as coisas não andam muito boas para a moeda fiduciária do mundo todo.

Bancos e Bitcoin não se misturam?

Muitos também criticaram a aproximação do Bitcoin com os Bancos, já que a moeda digital nasceu para nos livrar do antigo sistema tradicional.

O problema na custódia de Bitcoins aos bancos é que, assim como essas instituições fizeram com o dinheiro tradicional, elas podem fazer mais uma vez com o Bitcoin, levando ao mesmo colapso através das reservas fracionadas.

Ainda nos resta aguardar para ver como essa mudança vai afetar tanto os bancos quanto o criptomercado.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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